Moeda dos EUA encerrou o dia com queda de 0,05%; investidores reagiram às falas do ministro da Fazenda Fernando Haddad
O dólar comercial fechou em queda de 0,05% nesta 3ª feira (25.fev.2025), aos R$ 5,75. A moeda norte-americana caiu com o resultado abaixo do esperado da prévia da inflação, medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15).
A taxa foi de 1,23% em fevereiro. Apesar de ter sido o maior nível para o mês em 9 anos, ficou abaixo do esperado pelos agentes financeiros. A surpresa amplia a discussão sobre a política monetária do Brasil.
O Banco Central subiu a taxa básica, a Selic, para 13,25% ao ano em janeiro. Sinalizou que irá elevar para 14,25% ao ano em março. O juro base está há 3 anos acima de 10% e, segundo as projeções dos agentes financeiros, atingirá o patamar de 15% neste ano, o maior nível desde 2006.
A Selic elevada serve para controlar a taxa do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que está em 4,56% no acumulado de 12 meses. A inflação do Brasil está acima da meta de 3% e além do teto (4,5%) permitido. O Banco Central disse que deverá descumprir a meta de inflação em junho.
Em 12 de fevereiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que Galípolo vai “consertar os juros”, mas precisa de tempo. Antes, era crítico do ex-presidente do Banco Central Roberto Campos Neto.
No exterior, agentes financeiros avaliam sobre as tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump (republicano), contra outros países.
HADDAD NO BTG PACTUAL
Os investidores reagem à participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento do BTG Pactual. Ele defendeu o equilíbrio fiscal. Leia notícias da live realizada na manhã desta 3ª feira:
Outro tema que movimentou o mercado é a reunião do presidente Lula com ministros para tratar sobre os preços dos alimentos. Há um receio entre os investidores sobre a adoção de medidas que impactam as contas públicas.
A prévia da inflação de fevereiro mostrou que a alta foi de 0,61%, com impacto de 0,14 ponto percentual na taxa do IPCA-15. A alimentação em domicílio aumentou 0,63%, pressionada por cenoura (17,62%), café moído (11,63%) e ovo (2,56%).