Presidente disse que parte da população não aderiu à manifestação porque talvez acreditasse que “Lula era ladrão mesmo”
Nesta 2ª feira (24.fev.2025), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse ter ficado frustrado pela baixa adesão do ato a favor dele, convocado em 2017. A declaração se deu durante o evento da assinatura do contrato de ampliação da frota da Petrobras e da Transpetro, em Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
“Eu estive aqui em 2006, em 2008, em 2010 e eu estive aqui em 2017 quando eu não era mais presidente, para discutir a quantidade de desemprego que causaram nessa cidade que vocês moram. E naquele tempo, fiquei frustrado porque eu imaginava que muito mais trabalhadores fossem participar do ato que nós convocamos”, afirmou Lula.
“E muitas vezes as pessoas não participam ou porque estão com medo, ou porque não compreendem, ou porque, quem sabe, acreditaram que o Lula era ladrão mesmo”, acrescentou o presidente.
Lula falou que nã0 ficou magoado com isso. “Muitas vezes a gente não tem a capacidade de falar às pessoas o que as pessoas precisam ouvir. E muitas vezes somos os próprios culpados do que as pessoas acreditam da gente“, disse.
INDÚSTRIA NAVAL
A agenda do presidente em Rio Grande (RS) faz parte de sua promessa de campanha de retomar os investimentos na indústria naval brasileira, interrompidos desde a Operação Lava Jato.
A cerimônia celebrou a compra de 4 navios do tipo handy, com capacidade de 15 a 18 mil TPB (toneladas de porte bruto). Cada unidade custa US$ 69,5 milhões. Os cascos serão construídos em Rio Grande e finalizados no estaleiro da Ecovix Mac Laren, em Niterói (RJ).
A licitação foi lançada em julho do ano passado e integra o programa de renovação e ampliação da frota da estatal. No total, serão investidos R$ 23 bilhões para a construção de 44 embarcações até 2029.
“Desde 2016 nós paramos a construção dos cascos. E passamos 8 anos em uma situação bastante difícil, como todo mundo sabe”, afirmou José Antunes Sobrinho, executivo da Ecovix.
Segundo ele, o estaleiro deve retomar os postos de trabalho para os níveis pré-2016 de forma gradual. “Potencialmente, em Rio Grande, nós temos cerca de 5.000 empregos sem estressar. Boa parte daqui ou relacionada com a região”, disse.