Lewandowski põe sigilo de 100 anos em cartão de vacina

Lewandowski põe sigilo de 100 anos em cartão de vacina


Ministro da Justiça alega que decisão se deu para preservar dados pessoais; argumento é o mesmo usado por Bolsonaro em 2021

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, negou o acesso a sua carteira de vacinação e impôs um sigilo de 100 anos sobre o documento. As informações foram solicitadas pelo portal Metrópoles via LAI (Lei de Acesso à Informação).

Segundo o ministério, a recusa se deu porque o documento tem informações pessoais do ministro. 

“A Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação – LAI) garante o direito de acesso a informações públicas, incluindo aquelas contidas em registros ou documentos sob a guarda dos órgãos governamentais. Entretanto, esse direito não é absoluto e deve ser compatibilizado com outras normas, como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD – Lei nº 13.709/2018), que protege informações de caráter pessoal e sensível”, disse o Ministério da Justiça e Segurança Pública em nota enviada ao Poder360.

O órgão assegurou, porém, que Lewandowski tomou todas as 6 doses da vacina contra a covid-19, conforme as recomendações do Ministério da Saúde. Eis a íntegra do comprovante de vacinação (PDF – 128 kB).

Outros dados sobre vacinas tomadas pelo ministro não foram divulgados e permanecem em sigilo.

Argumento de Bolsonaro

Em 2021, durante a pandemia de covid-19, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também impôs um sigilo de 100 anos sobre o seu cartão de vacina. Os dados haviam sido solicitados via Lei de Acesso à Informação, pelo jornalista Guilherme Amado. 

À época, a Presidência informou que o decreto foi baixado porque os dados “dizem respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem” de Bolsonaro.





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