Após adotar tom moderado, presidente afirma que caso fique comprovada a denúncia feita pela Procuradoria Geral da República (PGR), a única saída para o ex-presidente é ser preso

Na última quinta-feira (20), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou publicamente após a denúncia da Procuradoria Geral da República que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro em uma suposta tentativa de golpe de Estado. Inicialmente, Lula adotou um tom moderado em suas declarações, mas a intensidade de suas palavras aumentou significativamente quando questionado sobre o pedido de indiciamento de Bolsonaro e outras 33 pessoas. O presidente destacou a gravidade dos fatos narrados e defendeu que, caso os crimes sejam comprovados, os envolvidos devem ser devidamente punidos.
Lula enfatizou que, se for provada a participação de Bolsonaro e de seu primeiro escalão na tentativa de golpe, que incluía planos de assassinato de um ministro da Suprema Corte Eleitoral, do presidente e do vice-presidente da República, a única saída seria a prisão dos responsáveis. Ele classificou a situação como extremamente grave, ressaltando que os envolvidos agiam como se estivessem tentando transformar o país em propriedade privada, em vez de governá-lo de acordo com os princípios democráticos.
Além disso, o presidente criticou duramente a movimentação no Congresso Nacional em favor da anistia, interpretando-a como uma espécie de autocondenação. Segundo Lula, aqueles que são inocentes devem provar sua inocência, e o que se observa é o contrário, com pedidos de anistia surgindo antes mesmo de um julgamento adequado.
*Com informações de Luciana Verdolin
*Reportagem produzida com auxílio de IA