Reunião com Putin depende de avanço para paz na Ucrânia, dizem EUA

Reunião com Putin depende de avanço para paz na Ucrânia, dizem EUA


Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio afirma que Washington precisa saber “exatamente” sobre o que será o encontro antes de marcá-lo

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, disse na 5ª feira (20.fev.2025) que um eventual encontro entre os presidentes norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano), e da Rússia, Vladimir Putin (Rússia Unida, centro), “dependerá em grande parte” de progressos “para acabar com a guerra na Ucrânia”.

Em entrevista à jornalista Catherine Herridge transmitida no X (ex-Twitter), Rubio disse ter conversado sobre o tema com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, na 3ª feira (18.fev). O secretário norte-americano afirmou ter dito ao russo que “não haverá uma reunião” entre Trump e Putin até que os Estados Unidos saibam “exatamente sobre o que será” esse encontro. 

Acho que quando essa reunião acontecer dependerá em grande parte de se podemos fazer algum progresso para acabar com a guerra na Ucrânia”, disse Rubio. 

A única coisa em que concordamos é que vamos falar sobre paz. O que eles oferecerem, do que estarão dispostos a abrir mão e o que estarão dispostos a considerar determinará se realmente querem a paz ou não”, declarou.

Assista (42m19s):

Rubio disse que Trump está “muito zangado” com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (Servo do Povo, centro). 

Na 4ª feira (19.fev), o republicano disse que o líder ucraniano é um “ditador sem eleições” e faz um “trabalho terrível” no cargo. Segundo o presidente dos EUA, Zelensky levou a Ucrânia a uma guerra que não poderia ser vencida e provocou a “morte desnecessária de milhões” de pessoas.

Nos preocupamos com a Ucrânia porque isso tem implicações para nossos aliados e, no fim das contas, para o mundo. Deveria haver algum nível de gratidão aqui”, disse o secretário de Estados norte-americano. 

ACORDO DOS EUA

Rubio falou sobre o acordo proposto pelos EUA à Ucrânia para ter acesso a minerais estratégicos ucranianos. A proposta foi discutida na 6ª feira (14.fev) pelas partes. No domingo (16.fev), Zelensky disse ter recusado e condicionou qualquer acordo econômico a garantias de segurança por parte dos norte-americanos.

O secretário de Estado norte-americano afirmou ter ficado frustrado ao ver o presidente ucraniano dizer que havia rejeitado o acordo, porque “não foi isso o que aconteceu”. 

Ele disse: “Explicamos a eles [ucranianos]: ‘Olha, queremos ser parceiros de vocês, não porque estamos tentando roubar do seu país, mas porque acreditamos que isso, na verdade, representa uma garantia de segurança, pois nos tornamos seus parceiros em um empreendimento econômico importante’”.

Rubio acrescentou: “E ele [Zelensky] disse: ‘Claro, queremos fechar esse acordo. Faz todo o sentido. A única coisa é que preciso passar pelo meu processo legislativo. Eles têm que aprovar’”.





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