Papa tem carta de renúncia assinada há mais de 10 anos para caso problemas de saúde

Papa tem carta de renúncia assinada há mais de 10 anos para caso problemas de saúde


O tema ressurge em meio à internação do papa no Hospital Gemelli, em Roma. Inicialmente tratado por bronquite, ele recebeu nesta terça-feira um diagnóstico de pneumonia bilateral

Uma carta escrita há mais de dez anos pelo Papa Francisco voltou a ganhar destaque diante das recentes preocupações com sua saúde. O documento, assinado pelo pontífice e entregue ao então secretário de Estado do Vaticano, Tarcisio Bertone, prevê sua renúncia caso uma condição médica o impeça de exercer suas funções.

A existência dessa carta foi confirmada pelo próprio Francisco em dezembro de 2022, em entrevista ao jornal espanhol ABC. Na ocasião, ele explicou sua decisão de redigir o documento como uma medida preventiva.

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Papa Francisco inaugura Jubileu 2025 nesta terça-feira (24/12)Reprodução: Instagram/Pope Francis

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“Assinei a renúncia e disse a ele: ‘Em caso de impedimento médico ou algo assim, aqui está minha renúncia. Você a tem’”, afirmou o Papa. Questionado se gostaria que essa informação fosse divulgada, ele respondeu: “É por isso que estou lhe contando”. Francisco também admitiu não saber o que Bertone fez posteriormente com a carta.

O tema ressurge em meio à internação do pontífice no Hospital Gemelli, em Roma. Inicialmente tratado por bronquite, ele recebeu nesta terça-feira um diagnóstico de pneumonia bilateral. Apesar da infecção, fontes do Vaticano informam que Francisco se mantém atualizado sobre os assuntos da Igreja, assinando documentos, escrevendo e conversando com assessores. Segundo a Santa Sé, exames recentes indicam uma leve melhora em seu quadro.

Saúde do Papa e impactos no Vaticano

A preocupação com o estado de saúde de Francisco aumentou nos últimos dias, especialmente devido ao fato de ele ter parte do pulmão direito removida ainda na juventude. A situação gerou uma onda de rumores nas redes sociais, incluindo publicações falsas que chegaram a anunciar sua morte.

Na quarta-feira, o pontífice recebeu a visita da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que relatou que ele estava “alerta e receptivo”. Segundo a chefe de governo, Francisco manteve seu espírito bem-humorado.

“Não perdeu o seu senso de humor característico”, afirmou Meloni após o encontro.

Apesar da leve melhora, médicos não descartam a possibilidade de que o Papa possa precisar de suporte respiratório caso seu quadro evolua. Por precaução, o Vaticano cancelou todos os compromissos oficiais da semana, incluindo a audiência de sábado e a missa de domingo na Basílica de São Pedro. Ainda não há definição sobre a tradicional oração do Angelus ao meio-dia.

“Ainda não sabemos como será feito”, declarou Matteo Bruni, porta-voz do Vaticano.

Especialistas apontam que a pneumonia bilateral representa “uma situação difícil, indubitavelmente”. Segundo Andrea Ungar, professor de Geriatria da Universidade de Florença, a infecção pode levar a complicações respiratórias severas.

“[A infecção] passou de um pulmão para o outro pelos brônquios (…) e pode causar uma insuficiência respiratória”, explicou o médico, destacando que manter-se ativo pode ser essencial para a recuperação.

Embora Francisco tenha reafirmado diversas vezes que não pretende renunciar, a existência da carta assinada há mais de uma década reforça que, se sua condição de saúde se agravar a ponto de comprometer suas funções, essa possibilidade já foi previamente considerada.



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