Ondas de calor desafiam limites da resistência humana
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O ano de 2025 começou registrando temperaturas recordes. Segundo o Instituto Copernicus, vinculado ao Observatório Climático da União Europeia, janeiro apresentou uma média de 1,75ºC acima do período pré-industrial. No Brasil, a sensação térmica pode ultrapassar os 50ºC, conforme projeções do Núcleo de Climatologia Aplicada da USP. Nessas condições extremas, a regulação térmica do corpo humano enfrenta desafios significativos. O Dr. Natan Chehter, clínico geral e geriatra, explica que, em altas temperaturas, o organismo dilata os vasos sanguíneos para aumentar o fluxo de sangue para a superfície da pele, facilitando a dissipação do calor. Entretanto, essa resposta pode sobrecarregar o sistema cardiovascular, especialmente em indivíduos com condições preexistentes.
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A sudorese é outra resposta natural ao calor, auxiliando no resfriamento corporal. Contudo, a transpiração excessiva pode levar à desidratação, agravando o risco de complicações. Pessoas idosas, crianças e aquelas com doenças crônicas são particularmente vulneráveis aos efeitos adversos das altas temperaturas. Para diminuir esses riscos, é fundamental ingerir líquidos regularmente para repor as perdas causadas pelo suor, permanecer em locais ventilados ou climatizados durante os períodos de calor intenso, utilizar vestimentas leves e de cores claras para facilitar a transpiração e refletir o calor evitar exercícios extenuantes nas horas mais quentes do dia. A conscientização sobre os efeitos das altas temperaturas e a adoção de medidas preventivas são essenciais para proteger a saúde em um cenário de aquecimento global crescente.