Com apoio da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos – CEMDP, investigação sobre acidente controverso que matou o ex-presidente é reaberta para esclarecer a verdade histórica
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O governo de Lula, em conjunto com a Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), decidiu reexaminar o trágico acidente que resultou na morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek em 1976. O incidente ocorreu na rodovia Dutra, quando o veículo Opala, dirigido pelo motorista de JK, colidiu com uma carreta. Investigações anteriores atribuíram a causa do acidente a uma colisão com um ônibus, mas novas evidências levantam a possibilidade de um atentado político.
Entre 2013 e 2019, um inquérito civil do Ministério Público Federal (MPF) analisou o caso e descartou a hipótese de colisão com o ônibus. No entanto, a falta de provas concretas impediu a confirmação de um atentado. O engenheiro e perito Sergio Ejzenberg, que foi consultado pelo MPF, concluiu que a teoria da colisão não se sustentava, o que motivou a reabertura da investigação pelo governo Lula.
A decisão de reabrir o caso foi impulsionada pelo laudo de Ejzenberg e pela solicitação do ex-vereador Gilberto Natalini. O objetivo principal dessa nova investigação é esclarecer a verdade histórica sobre o acidente, sem que haja previsão de compensação financeira para os envolvidos. O laudo de Ejzenberg também indicou que a possibilidade de sabotagem mecânica não era descabida, embora a destruição do veículo pelos agentes da ditadura tenha dificultado a elucidação dos fatos.
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Juscelino Kubitschek, uma figura política de grande relevância, era visto como uma ameaça pelos militares, que temiam sua candidatura nas eleições de 1978. A Operação Condor, uma ação apoiada pelos Estados Unidos, tinha como objetivo eliminar opositores políticos na América Latina. A advogada Lea Vidigal enfatiza que, em um regime que escondeu evidências, cabe ao Estado demonstrar sua inocência em relação ao suposto assassinato de JK.
*Reportagem produzida com auxílio de IA