CNI defende diálogo aberto com os EUA sobre taxação de aço e alumínio

CNI defende diálogo aberto com os EUA sobre taxação de aço e alumínio


Na última segunda-feira (10), Donald Trump assinou uma ordem executiva que impõe tarifa de 25% em exportação dos produtos; Confederação argumenta que o país não representa uma ameaça comercial

Andrew Harnik / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFPdonald trump
Em 2024, a indústria de transformação brasileira exportou 31,6 bilhões de dólares em produtos para os Estados Unidos

A recente imposição de uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio pelos Estados Unidos gerou uma onda de preocupação entre os setores industriais do Brasil. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestou seu descontentamento com a medida, destacando o impacto significativo que ela pode ter sobre a economia brasileira. Em 2024, o Brasil exportou mais de 4 bilhões de dólares em aço para os EUA, o que representa mais da metade das exportações brasileiras desse produto. Os Estados Unidos são um dos principais destinos dos produtos manufaturados brasileiros, e essa relação comercial é vital para ambos os países. O presidente da CNI, Ricardo Alban, enfatizou que a tarifa é prejudicial para as duas nações e que o Brasil buscará alternativas diplomáticas para reverter essa decisão.

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As exportações industriais são um pilar fundamental para o crescimento econômico do Brasil e para o fortalecimento de sua competitividade no mercado global. No ano passado, a indústria de transformação brasileira exportou 31,6 bilhões de dólares em produtos para os Estados Unidos. A Associação Brasileira do Alumínio também expressou preocupação, já que 16,6% das exportações brasileiras de alumínio têm como destino os EUA. Com a nova sobretaxa, o alumínio brasileiro se tornará menos competitivo, criando desafios significativos para o setor. Além disso, há um temor crescente de que produtos de outras origens, que perderam acesso ao mercado americano, possam inundar o Brasil a preços mais baixos, gerando uma concorrência desleal.

A CNI argumenta que o Brasil não representa uma ameaça comercial para os Estados Unidos. Pelo contrário, as exportações brasileiras, especialmente de aço, são vistas como complementares à cadeia produtiva norte-americana. Uma consequência direta da imposição da tarifa será o aumento dos custos para os próprios produtores norte-americanos, o que pode resultar em preços mais altos para bens que dependem de aço e alumínio, como automóveis, eletrodomésticos e embalagens.

Essa situação pode, portanto, ter um efeito cascata, impactando negativamente os consumidores americanos. Diante desse cenário, o diálogo entre os dois países é considerado essencial para encontrar uma solução que beneficie ambas as partes. A CNI acredita que um entendimento mútuo pode promover um cenário de “ganha-ganha”, onde tanto o Brasil quanto os Estados Unidos possam continuar a desfrutar de uma relação comercial saudável e mutuamente benéfica.

*Com informações de Soraya Lauand

*Reportagem produzida com auxílio de IA





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