Sites bloqueados integrarão base internacional de monitoramento para proteção contra fraudes e crimes cibernéticos
O Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade Intelectual (CNCP) reportou à Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) o bloqueio de 393 sites piratas. A medida representa a maior inclusão de plataformas ilegais no sistema Wipo Alert dos últimos sete anos. A informação foi divulgada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública na 3ª feira (11.fev.2024).
O CNCP, vinculado à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, identificou que estas plataformas expõem mais de 90 milhões de consumidores a fraudes e ataques cibernéticos. Cerca de 70% dos sites bloqueados veiculam anúncios de apostas ilegais.
“Muitos desses sites são usados para disseminação de vírus e roubo de dados pessoais, causando prejuízos incalculáveis aos cidadãos”, diz Wadih Damous, secretário Nacional do Consumidor.
A ação integra operações maiores de combate à pirataria digital, como a Operação Redirect, conduzida pelo Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), e a Operação 404, que bloqueou 675 sites e 14 aplicativos de streaming em sua última fase.
O secretário-executivo do CNCP, Andrey Lucas Macedo Corrêa, afirma que o público jovem é o mais vulnerável. “O mais preocupante é que grande parte do público dessas plataformas é formado por menores de idade”, disse.
Sistema de monitoramento
A lista dos sites bloqueados permanece em sigilo para evitar a criação de novas infraestruturas criminosas. O sistema Wipo Alert compartilha as informações em tempo real com 193 países membros e auxilia empresas de publicidade e instituições financeiras a impedir a monetização dessas plataformas.