Inflação anualizada do café moído foi de 50,4% em janeiro

Inflação anualizada do café moído foi de 50,4% em janeiro


Essa foi a maior alta de preços da série histórica, iniciada em dezembro de 2020; oposição critica governo Lula

A inflação anualizada do café moído foi de 50,4% em janeiro. Essa foi a maior alta no acumulado de 12 meses da série histórica, iniciada em dezembro de 2020.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) nesta 3ª feira (11.fev.2025). Eis a íntegra da apresentação (PDF – 573 kB).

A inflação do Brasil foi de 0,16% em janeiro, a menor para o mês desde a implantação do Plano Real, em 1994. O café moído configurou como um dos itens de maior impacto no IPCA. Subiu 8,56% em janeiro, com influência de 0,04 ponto percentual.

O impacto do café só não foi superior ao das passagens aéreas, que somou 10,42 % no mês e subiram 0,07 ponto percentual.  A Abic (Associação Brasileira da Indústria do Café) disse na 5ª feira (6.fev.2025) que o preço do café deve subir de 20% a 25% no curto prazo.

A Abic afirmou ainda que o Brasil é o maior produtor de café do planeta, mas fechou a safra de 2024 com um volume menor (54,21 milhões de sacas) do que em 2023 (55,07 milhões de sacas). A redução da oferta interna e a queda na produção do Vietnã impactaram as cotações.

Segundo pesquisa da Varejo 360, por causa do aumento do custo dos alimentos, os consumidores brasileiros estão comprando menos nos supermercados, especialmente itens essenciais.

POLÍTICA & CAFÉ 

O preço do café tem sido alvo de críticas de políticos da oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), compartilhou o resultado de uma “experiência” com pó de café reutilizado.

O gestor mineiro postou um vídeo relatando que separou o pó de café já utilizado, deixou secar e coou novamente. Segundo ele, o café ficou “ruim, fraco e amargo”. No vídeo, o governador disse que já esperava um resultado insatisfatório. Ele ainda comparou a tentativa a um “costume dos brasileiros de repetir os mesmos erros”.

Assista (1min58s):

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro postaram em janeiro “Nem Picanha e nem café”.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que os brasileiros ficam sem café e outros itens básicos. “O que sobrou para o povo foi frustração e raiva, muita raiva do governo Lula, e com toda razão”, disse.

Na reabertura do ano legislativo, congressistas da oposição levaram sacos com café para protestar contra os preços dos alimentos. Gritaram “Nem picanha, nem café”.





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