Queda de aeronaves bate recorde no Brasil em 2024

Queda de aeronaves bate recorde no Brasil em 2024


Além disso, ano passado também foi marcado por um recorde no número de mortes, com 153 óbitos, superando os 104 de 2016 e os 81 de 2018

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Desde o início de 2025, o Brasil já registrou 22 acidentes aéreos, resultando em 10 mortes

Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado um aumento preocupante no número de acidentes aéreos, especialmente em 2024 e no início de 2025. Este cenário tem gerado uma crescente preocupação sobre a segurança das viagens aéreas no país. De acordo com dados do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, o ano de 2024 registrou 175 acidentes, o maior número dos últimos dez anos. Para efeito de comparação, 2015 teve 172 acidentes e 2018, 167. Além disso, 2024 também foi marcado por um recorde no número de mortes, com 153 óbitos, superando os 104 de 2016 e os 81 de 2018. A maioria dos acidentes envolveu aviões de pequeno porte, particulares e agrícolas, que representaram 81% dos casos, quase todos com vítimas fatais.

João Souza,empresário do setor de aviação, oferece uma perspectiva sobre as causas desse aumento alarmante. Ele aponta que o crescimento no número de aeronaves de pequeno porte tem contribuído significativamente para o aumento dos acidentes. Souza destaca que, embora todos os acidentes sejam amplamente noticiados, a fiscalização poderia ser intensificada para melhorar a segurança. No Brasil, a frota de aeronaves é majoritariamente composta por aviões de pequeno porte. Em voos comerciais e agrícolas, a responsabilidade geralmente recai sobre o piloto, que deve seguir uma lista de atribuições. Souza ressalta que, além das exigências, muitos pilotos experientes adotam medidas adicionais de segurança, como verificações detalhadas antes de decolar.

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Desde o início de 2025, o Brasil já registrou 22 acidentes aéreos, resultando em 10 mortes. O aumento no mercado de aviação privada, fatores mecânicos e condições climáticas adversas são apontados como causas dos acidentes. No entanto, aspectos humanos, como o desempenho técnico, são os principais fatores contribuintes, representando 48,8% dos casos. Souza acredita que a combinação de fatores, e não necessariamente a falta de experiência dos pilotos, é responsável pelos acidentes. Ele observa que muitos problemas ocorrem no ar e, mesmo com a análise da caixa preta, nem sempre é possível determinar a causa exata, tornando difícil atribuir a culpa exclusivamente ao piloto.

Publicado por Luisa Cardoso





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