Devendo a funcionários e fornecedores, Madamm também deu calote no aluguel e recebeu liminar de despejo
O portal LeoDias teve acesso a documentos que expõem uma situação ainda mais crítica no espaço de beleza Madamm Rio, no BarraShopping, Rio de Janeiro. Acusada de dar calote em funcionários e fornecedores, a empresa enfrenta uma ordem judicial de despejo devido à falta de pagamento do aluguel, cuja dívida já ultrapassa R$ 4,8 milhões de reais, e pode ter suas portas fechadas.
De acordo com o processo judicial protocolado na 7ª Vara Cível da Regional da Barra da Tijuca, a Multiplan, administradora do shopping onde está localizado o espaço de beleza, ingressou com uma ação de despejo por falta de pagamento contra o locatário do salão, Alejandro Augusto Zicky. Em outubro, a Justiça já havia autorizado o despejo do negócio, que contou com tentativas de negociação.
Veja as fotos
Madamm Rio é acusado de calote e atraso de pagamentos/ Reprodução
Cauã Reymond e Marilene Saad também já tiveram serviços prestados pelo Salão. Cauã nunca foi presencialmente no local, apenas recebia um cabelereiro empregado pelo Madamm Rio em sua casa / Reprodução
Pitel e Fernanda, do BBB24, já foram atendidas no Madamm Rio / Reprodução
Agentes da Vigilância Sanitária do Rio interditaram sala de cirurgia do Madamm / Reprodução
Agentes da Vigilância Sanitária do Rio interditaram sala de cirurgia do Madamm / Reprodução
Agentes da Vigilância Sanitária do Rio interditaram sala de cirurgia do Madamm / Reprodução
A falta de pagamento do aluguel, estabelecido no contrato como mínimo de R$160 mil ou 10% do faturamento bruto, ocorreu entre março e junho de 2024. Com isso, a dívida inicial chegou a cerca de R$2 milhões. Segundo o documento, Alejandro concordou em pagar R$1,5 milhão aos autores da ação, em parcelas mensais, com juros em caso de atraso.
Mas o empresário deixou de pagar tanto o aluguel quanto a taxa de cessão de direitos, acumulando dívidas. Diante dos atrasos, o sócio do espaço de beleza ainda tentou negociar um novo adiamento para quitar a entrada e o restante dos valores 1 dia antes do prazo combinado. No entanto, o shopping recusou o pedido, e o empresário chegou a transferir R$ 400 mil de sua conta pessoal, mas seguiu inadimplente, uma vez que ficou longe de quitar valores ainda em aberto.
Os autores da ação alegam que, apesar de ter faturado mais do que o suficiente para quitar a dívida, Alejandro não demonstra preocupação e segue em uma “posição muito confortável”, enquanto o shopping arca com a inadimplência: “Viaja, vai a retiros espirituais, fica incomunicável… Pior: fatura, e muito, mas não paga absolutamente nada”, afirma em um trecho do processo.
O documento ressalta que, diante da inadimplência e das tentativas frustradas de negociação, foi preciso adotar “medidas concretas”, com solicitação da ordem de despejo, em tramitação desde julho. Entre negociações e pedidos de adiamento, um novo prazo foi estabelecido, e o espaço deveria ter sido fechado na última terça-feira (4/2). A Multiplan alega que além dos débitos que já somavam mais de R$ 2 milhões, o espaço seguiu não pagando o aluguel nas datas previstas, aumentando a dívida para R$ 4.843.829,26.
Com o não pagamento dos débitos e o descumprimento do prazo de 15 dias, foi solicitado uma ordem de despejo compulsória. Ainda não há uma decisão da Justiça sobre a intimação e o espaço de beleza segue operando normalmente.
Ainda segundo o que a equipe jurídica da Multiplan afirma no processo, Alejandro e sua advogada estavam cientes da ação de despejo. No entanto, o empresário alega que não recebeu nenhuma notificação por carta, telegrama ou e-mail e que sua advogada estava hospitalizada, o que impediu o recebimento da intimação. Procuradas pelo portal LeoDias, a equipe do empresário não se manifestou. Em contato com nossa reportagem, a Multiplan afirmou que não irá se manifestar sobre o caso.
