Ministro Walton Alencar Rodrigues citou “gravíssimas preocupações” no fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil
O presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Vital do Rêgo, aprovou em caráter de urgência nesta 4ª feira (5.fev.2025) a abertura de uma auditoria na Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil).
O ministro Walton Alencar Rodrigues foi quem pediu a abertura da auditoria e citou “gravíssimas preocupações”.
Segundo Alencar Rodrigues, de janeiro a novembro de 2024, o Plano 1 da Previ “acumulou prejuízo” de cerca de R$ 14 bilhões “em total discrepância com o acumulado de R$ 5,5 bilhões em 2023”.
Sobre os investimentos do plano Previ em 2024, o ministro mencionou que houve rendimento de só 1,58% sobre os investimentos no ano passado.
“O fato é seríssimo, elevando os riscos dos segurados do Banco do Brasil. Comparativamente aos anos anteriores, foi pífio o desempenho atual dos planos da Previ. No ano passado, o desempenho foi substancialmente menor para quase todas as classes de investimento, renda fixa, renda variável, ativos, imobiliários e investimentos estruturados”, disse Alencar Rodrigues na sessão plenária do TCU desta 4ª feira (5.fev).
Assista à sessão (3h26min54s):
O ministro mencionou uma “situação de inequívoco risco” para todos os beneficiados pelo plano e indicou que “sérios problemas de gestão parecem estar a afligir a entidade”.
“Há a perspectiva de danos graves para o Banco do Brasil, sociedade de economia mista, cujo controle pertence à União, que, em caráter extraordinário, poderá ser obrigada a contribuir paritariamente com os assegurados”, disse o ministro.
Foi encaminhado despacho à Secretaria Geral de Controle Externo para o levantamento de informações.
O Poder360 procurou a Previ por meio de e-mail para perguntar seu posicionamento. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.