Petista cita acordo firmado na gestão Temer; governo Biden deportou mais brasileiros do que Obama e o republicano em seu 1º mandato
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta 4ª feira (5.fev.2025) que a deportação de brasileiros dos Estados Unidos “não é um problema” que se iniciou no 2º governo de Donald Trump (Partido Republicano). O 1º voo de deportação realizado depois que o norte-americano tomou posse chegou ao Brasil em 24 de janeiro. Os passageiros desembarcaram algemados e com os pés acorrentados.
Em entrevista a rádios mineiras, Lula afirmou ser “importante lembrar” que o acordo para a deportação foi feito na gestão de Michel Temer (MDB) e que passou a valer quando Jair Bolsonaro (PL) estava na Presidência. Durante a maior parte do tempo, os EUA eram comandados por Joe Biden (Partido Democrata), que tomou posse em janeiro de 2021.
O acordo é de 2018 e entrou em vigor em 2019. Durante os anos de Biden na presidência, ele deportou mais brasileiros do que Barack Obama (Democrata) e Donald Trump em seu 1º mandato.
O procedimento padrão para passageiros deportados é viajarem algemados e com os pés acorrentados. Autoridades norte-americanas dizem que isso é necessário para impedir que algum passageiro deportado ataque a tripulação e coloque o voo em risco.
“Enquanto eles estão dentro do avião no território norte-americano, eles são cidadãos que pertencem à política e à lei dos Estados Unidos. Mas, quando eles chegam no território nacional, que o avião abre a porta, eles estão submetidos à legislação brasileira, e disso nós vamos cuidar. Vamos cuidar com muito carinho”, disse Lula nesta 4ª feira (5.fev).
“Nós não tratamos a coisa como deportação, nós tratamos como repatriação. Porque são companheiros e companheiras brasileiras que foram para lá à procura de um mundo melhor, à procura de sorte, à procura de um emprego melhor, e que não conseguiram se legalizar ou não foram aceitos pelo governo norte-americano”, declarou.
Lula afirmou que “muitos” brasileiros que estão nos Estados Unidos não querem retornar ao Brasil, mas que o governo norte-americano “não quer que eles fiquem lá”.
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