Governo de território autônomo pertencente à Dinamarca diz que medida é proteção contra interferência externa em eleições
O governo da Groenlândia anunciou nesta 2ª feira (3.fev.2025) planos para proibir doações políticas estrangeiras. A medida, que será avaliada pelo parlamento na 3ª feira (4.fev), é uma tentativa de proteção contra possíveis interferências externas em eleições.
A proposta de legislação surge após declarações de Donald Trump (Republicano) sobre a aquisição da ilha. A investida do presidente dos Estados Unidos gerou preocupações no território autônomo, pertencente à Dinamarca.
A proposta proíbe partidos políticos de receber contribuições de doadores estrangeiros ou anônimos e limita as contribuições privadas a 200 mil coroas dinamarquesas (R$ 160,1 mil) no total ou a 20.000 coroas dinamarquesas (R$ 16.000) de uma única fonte.
A medida é descrita como um esforço para “salvaguardar a integridade política de Groenlândia”. Autoridades do território autônomo têm se posicionado de forma “aberta para negócios”, apesar de afirmarem repetidamente que a ilha não está à venda.
Uma eventual independência ou mudanças do arranjo com a Dinamarca são de interesse dos EUA. Em resposta a Trump, a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen (Socialdemokratiet, centro-esquerda), buscou consolidar apoio europeu contra as intenções do republicano.
