O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) fez um discurso de tom conciliatório e em defesa da autonomia da Câmara dos Deputados antes da votação que deve consagrá-lo como presidente da Câmara neste sábado (1º). Em um discurso pesado em metáforas, Motta prometeu tomar medidas para “fortalecer a Câmara institucionalmente” e trabalhar “em defesa da nossa imunidade parlamentar”, mas evitou temas mais espinhosos como a anistia para os presos pelo 8 de janeiro e os impasses com o Judiciário por conta de emendas parlamentares.
Hugo Motta declarou que “o planejamento deve preceder às nossas ações” e disse que passará a realizar as sessões de votações no início da tarde, “evitando notificações de última hora”, e estabelecer com antecedência quais sessões serão virtuais. Também prometeu ampliar a distribuição de relatorias em projetos que tramitam na Casa a deputados menos experientes.
O deputado usou a maior parte de seu discurso para se comprometer a dialogar com os outros parlamentares. Disse que será “um deputado-presidente, e não um presidente-deputado”; Citou Nelson Mandela e Mahatma Ghandi como líderes que praticavam a “força pela humildade” e que “a arrogância é uma marca de fraqueza na vida pública”. Desfilou uma série de metáforas, dizendo que “o presidente não comanda o mar, conduz o barco” e”ninguém navega o mar, mas no máximo o navio” e que ele pretende ser “um elo na corrente” que “não devemos deixar romper”.
O provável próximo presidente da Câmara também agradeceu aos deputados Elmar Nascimento (União Brasil-BA), Antonio Brito (PSD-BA) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL), nomes que foram cogitados para disputar a Presidência da Câmara, mas deixaram a disputa ainda em 2024. Também prestou homenagem a Arthur Lira (PP-AL), que encerra hoje seu mandato frente à Casa.
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