Após decisão do Copom de elevar a taxa básica de juros em um ponto percentual, Luiz Marinho afirmou que controle da inflação não deve se limitar à restrição de crédito, mas também incluir estímulos à produção
Na última quinta-feira (30), o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, voltou a manifestar sua insatisfação com a recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros, a Selic, em um ponto percentual, alcançando 13,25%. Em suas declarações, Marinho argumentou que o controle da inflação não deve se limitar à restrição de crédito, mas também incluir estímulos à produção. Ele acredita que a economia brasileira está em uma posição saudável e que o mercado financeiro está exagerando ao pressionar por aumentos na taxa de juros.
Marinho destacou que os salários no Brasil ainda são baixos e que há espaço para crescimento sem que isso pressione a inflação. Ele alertou que a alta da Selic pode ter efeitos negativos sobre os investimentos e o orçamento público a longo prazo. Um dos setores que pode ser mais afetado é o da construção civil, que, segundo ele, pode sentir os impactos dessa política até 2026. Durante uma coletiva de imprensa do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o ministro mencionou que o mercado de trabalho fechou 500 mil postos em dezembro, em parte devido à alta dos juros.
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O ministro enfatizou que o combate à inflação não deve se basear apenas na restrição de crédito e aumento de juros, mas também no estímulo à produção. Ele pediu que o Banco Central reavalie sua estratégia para evitar danos à economia. Marinho ressaltou a importância de considerar os impactos internacionais, mas também de observar as oportunidades da economia brasileira, mantendo a empregabilidade e o crescimento salarial. Por fim, Luiz Marinho destacou a necessidade de um equilíbrio entre as políticas monetárias e as necessidades do mercado de trabalho.
*Com informações de Aline Beckety
*Reportagem produzida com auxílio de IA