Aumentou 4,4 pontos percentuais no governo Lula; em valores nominais, representa R$ 9 trilhões
A DBGG (Dívida Bruta do Governo Geral) fechou 2024 aos 76,1% do PIB (Produto Interno Bruto). Subiu 2,2 pontos percentuais no ano passado e 4,4 pontos percentuais no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O BC(Banco Central) divulgou o relatório “Estatísticas Fiscais” nesta 6ª feira (31.jan.2025). Eis a íntegra (PDF – 274 kB).
O levantamento considera o endividamento do governo federal, do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social, dos Estados e dos municípios. Em dezembro de 2024, a dívida era de R$ 9 trilhões em valores nominais.
Além do deficit primário de R$ 47,6 bilhões em 2024, a taxa básica, a Selic, elevada contribuiu para o crescimento da dívida. Os gastos com juros aumentaram para R$ 950,4 bilhões no acumulado do ano passado. Esse valor é o recorde anual.
A taxa básica deve subir para 14,25% ao ano na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), segundo o Banco Central. Está em alta para controlar a inflação, que está fora do intervalo permitido pela meta.
DÍVIDA BRUTA
O Banco Central disse que o crescimento de 2,2 pontos percentuais da dívida bruta em 2024 se deve aos seguintes fatores:
- + 7,5 p.p. – resultado decorrente da incorporação de juros nominais;
- + 1 p.p. – efeito da desvalorização cambial acumulada no ano;
- +0,3 p.p. – reconhecimento de dívidas;
- -0,9 p.p. – crescimento do PIB nominal.
Apesar de ter crescido 2,2 pontos percentuais em 2022, a dívida caiu pelo 2º mês seguido. Em dezembro, o recuo foi de 1,6 ponto percentual.