Lula nega que tenha autorizado alta no diesel

Lula nega que tenha autorizado alta no diesel


Presidente diz que, mesmo com aumento, o preço na bomba será menor do que durante o último mês do governo Bolsonaro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou nesta 5ª feira (30.jan.2025) que tenha autorizado a alta no preço do óleo diesel. Disse que a decisão é da Petrobras.

“Eu não autorizei o aumento do diesel. Porque desde o meu primeiro mandato, eu aprendi que quem autoriza o aumento do petróleo e dos derivados de petróleo é a Petrobras, e não o presidente da República”, declarou Lula em conversa a jornalistas, no Planalto.

Ainda segundo Lula, mesmo com o aumento, a Petrobras assegurará o que o preço fique abaixo do que era em dezembro de 2022, no último mês do governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Se ela for fazer, ainda assim vai garantir que o preço do diesel fique abaixo do que era em dezembro de 2022. Mas ainda não fui avisado, e ela não precisa me avisar. Se ela tiver uma decisão de que, para a Petrobras, é importante fazer o reajuste, ela que faça e comunique a imprensa”, afirmou o petista.

A Petrobras, hoje presidida por Magda Chambriard, informou a Lula na 2ª feira (27.jan) que o diesel terá aumento. O valor médio por litro está em R$ 6,15. O novo valor foi aprovado depois da reunião do Conselho de Administração da estatal, marcada para esta 4ª feira (29.jan.2025). 

Como mostrou o Poder360, o preço do diesel comercializado pela Petrobras está 24% abaixo das cotações do PPI (Preço de Paridade Internacional), referência internacional do setor. A diferença do valor interno do litro para o usado no comércio exterior está em R$ 0,84. 

Já a gasolina apresenta uma defasagem média de 14%, com uma diferença de R$ 0,43 no preço do litro vendido pela estatal em comparação com o PPI. Os números constam no relatório de 14 de janeiro da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). Leia a íntegra (PDF – 781 kB).

Apesar de a Petrobras não ajustar os preços desde julho de 2024, o consumidor verá preços mais altos nas bombas a partir de 1º de fevereiro, visto que a alíquota do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) será reajustada.

A alíquota da gasolina e do etanol aumentará em R$ 0,10 por litro, passando para R$ 1,47. O diesel e o biodiesel terão um acréscimo de R$ 0,06 por litro, para R$ 1,12.





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