Presidente afirma que declarações do líder do PSD contra o ministro Fernando Haddad foram injustas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta 5ª feira (30.jan.2025) ter achado graça ao ver as críticas do líder do PSD, Gilberto Kassab, em relação à gestão do ministro Fernando Haddad (PT).
Na 4ª feira, o secretário de Governo e Relações Institucionais do Estado de São Paulo disse que o titular da Fazenda é “fraco” e que tem “dificuldade em comandar”. Em conversa com jornalistas no Planalto nesta 5ª feira (30.jan), Lula afirmou que Haddad faz uma gestão extraordinária.
“Acho que ele foi injusto com o companheiro Haddad no ministério da Fazenda. […] O Haddad deveria ser elogiado pelo Kassab, mas eu não vou pedir pra ele elogiar se ele não quer”, declarou Lula.
Ainda segundo Lula, as eleições de 2026 ainda estão longe. Afirmou que o objetivo do governo este ano é atingir as metas fiscais.
“Se o Republicanos vão me apoiar ou não em 2026, deixa chegar 2026. Não vamos antecipar. O meu problema agora é fazer com que 2025 seja o ano da melhor colheita para o meu governo”, afirmou Lula.
KASSAB X HADDAD
Gilberto Kassab, fez críticas à gestão de Haddad (PT). Disse que o titular da Fazenda é “fraco” e que tem “dificuldade em comandar”.
“O sucesso da economia precisa de ministros da Economia fortes. Já tivemos FHC, Henrique Meirelles, Paulo Guedes. Eles comandavam. Hoje existe uma dificuldade do ministro Haddad de comandar. Haddad não consegue se impor no governo. Um ministro da Economia fraco é sempre um péssimo indicativo”, disse.
Segundo Kassab, os governos bem-sucedidos foram marcados por ministros que “comandavam” a Fazenda. Ele afirmou que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) “não foi bem” durante a sua gestão por querer “comandar a economia”.
Kassab declarou que o governo do presidente Lula tem “cometido muitos erros” na política econômica e o petista perderia a reeleição caso acontecesse hoje. No entanto, disse acreditar em uma “reviravolta” na popularidade.
“O PT não estaria na condição de favorito, mas na condição de derrotado. Não vejo uma articulação para reverter essa tendência de piora no cenário. Não vejo nenhuma marca boa, como teve FHC e o Lula nos primeiros mandatos […] Ele tem muita experiência, pode fazer uma reviravolta no seu governo. O que precisa fazer para ganhar, ele faz”, afirmou.