O Banco Central seguiu o roteiro traçado em dezembro e aumentou nesta quarta-feira, 29, a taxa de juros básica da economia, a Selic, em um ponto porcentual; a decisão foi unânime
O Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a Selic em 1 ponto percentual na reunião desta quarta-feira (29), elevando a taxa básica de juros de 12,25% para 13,25% ao ano, seguindo o forward guidance de dezembro. A decisão foi unânime. Na reunião anterior, o Comitê do Banco Central havia aumentado a taxa em 1 ponto percentual (p.p.) e antecipado mais dois ajustes da mesma magnitude para as duas primeiras reuniões de 2025.
Esta foi a primeira reunião desde que Gabriel Galípolo assumiu a presidência do Banco Central no dia 1º de janeiro. O encontro também reuniu os novos diretores de Política Monetária da autarquia, Nilton David; de Regulação, Gilneu Vivan; e de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, Izabela Correa, indicados pelo presidente Lula.
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Sob o impacto do aumento nos custos de alimentos e transportes, a inflação oficial do país acelerou de 0,39% em novembro para 0,52% em dezembro. Como consequência, o IPCA fechou 2024 com uma alta de 4,83%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A meta central de inflação é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Desde a reunião de dezembro do Copom, as projeções medianas do relatório Focus para a inflação de 2025 e 2026 aumentaram em 1,38 e 0,52 ponto percentual, respectivamente, atingindo 5,50% e 4,22%. Além disso, o IPCA-15 de janeiro indicou um agravamento na trajetória da inflação de serviços, um fator acompanhado de perto pelo Banco Central.
Por outro lado, o dólar se desvalorizou frente ao real e, desde a semana passada, tem sido negociado abaixo de R$ 6. Além disso, a atividade econômica começou a apresentar sinais de desaceleração.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Carol Santos