O presidente dos EUA disse que acionaria o Departamento de Segurança para enviar 30.000 imigrantes à prisão militar
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), disse nesta 4ª feira (29.jan.2025) que assinará um decreto para autorizar o Departamento de Segurança Interna a enviar até 30.000 imigrantes ilegais à prisão militar na Baía de Guantánamo.
A detenção, localizada no sul de Cuba, passou a ser utilizada pelo governo norte-americano depois do ataque às Torres Gêmeas para prender “terroristas” acusados durante o período de “Guerra ao Terror” (2001-2021). Atualmente, só 15 prisioneiros são mantidos na instalação.
“Temos 30.000 leitos em Guantánamo para deter os piores criminosos que ameaçam o povo americano, alguns deles são tão ruins que não confiamos que algum país irá segurá-los. Nós não queremos eles de volta, por isso enviaremos a Guantánamo”, disse Trump na Casa Branca.
Organismos de diretos humanos e representantes da ONU (Organização das Nações Unidas) acusam os EUA de realizar um tratamento precário aos prisioneiros de Guantánamo, detidos por tempo indeterminado. O governo do ex-presidente Joe Biden (Democrata) havia criado uma meta para fechar a prisão, o que não aconteceu.
No mesmo evento em que deu a declaração, Trump também sancionou a lei Laken Riley, que exige a detenção de imigrantes ilegais que foram presos ou acusados de crimes graves. O nome é em homenagem a jovem de 22 anos assassinada em fevereiro de 2024 na cidade de Athens (Geórgia). O responsável foi um venezuelano que entrou ilegalmente nos EUA e tinha um histórico criminal por furto.
A legislação, aprovada na 5ª feira (23.jan) pelo Congresso, possibilita que imigrantes ilegais acusados possam ser deportados sem necessidade de julgamento, além de ampliar os crimes que podem levar a saída imediata dos migrantes, como morte ou lesões corporais grave. “É uma lei histórica que estamos fazendo hoje. Vai salvar inúmeras vidas americanas inocentes”, disse Trump.
