Marido de mulher presa por bolo envenenado considerava separação antes do crime

Marido de mulher presa por bolo envenenado considerava separação antes do crime


Diego dos Anjos, marido de Deise dos Anjos, afirmou em depoimento à Polícia Civil que pensava em se separar da esposa antes do episódio do bolo envenenado que resultou na morte de três pessoas em Torres (RS). A declaração consta no depoimento obtido pela CNN Brasil.

De acordo com Diego, a relação do casal se deteriorou após a morte do pai dele, Paulo Luiz dos Anjos. Segundo as investigações, Deise também é apontada como responsável por esse crime, ocorrido três meses antes do envenenamento coletivo. Na ocasião, a suspeita teria colocado arsênio no leite em pó consumido pelo sogro.

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Deise Moura dos Anjos e o bolo envenenadoFoto: Divulgação

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O depoente afirmou que chegou a considerar a separação, mas nunca expressou essa intenção diretamente para Deise. “Que nunca chegou a falar claramente à Deise que gostaria de separar, apenas pensava na dinâmica de como seria as questões que envolvessem a separação… De certa forma, ‘o filho segurou o casamento’”, disse em depoimento.

A polícia acredita que o principal alvo do envenenamento do bolo de reis era a sogra de Deise, Zeli dos Anjos. Em depoimento, ela contou que preparou o doce no dia 23 de dezembro e notou que a farinha tinha uma aparência incomum. As investigações apontam que a suspeita adulterou o ingrediente com arsênio.

No dia 21 de novembro de 2024, Diego e Deise discutiram porque a esposa queria que Zeli passasse o Natal com eles, enquanto a sogra desejava estar com suas irmãs.

Conflitos familiares e apelido pejorativo

A relação entre Deise e a sogra era marcada por desentendimentos, conforme relatou Zeli à polícia. Ela também disse ter descoberto recentemente que a nora se referia a ela como “Naja”.

“Soube somente agora, através da cunhada Regina, que era chamada assim”, afirmou Zeli em seu depoimento. A sogra acrescentou que Deise nunca a chamou diretamente pelo apelido, mas costumava imitá-la. “Copiava seu jeito de vestir, de se arrumar, comprava sapatos e acessórios iguais”, consta nos autos.

O crime

A polícia prendeu Deise no dia 5 de janeiro e constatou que, antes do episódio, ela já havia utilizado arsênio para matar o sogro. “Deise permanece recolhida com prisão temporária, a investigação segue, e conforme decisão judicial, ainda restam diligências a serem realizadas para a elucidação dos fatos no inquérito”, informou a defesa da acusada.



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