Foragido da saída temporária, mafioso chinês que extorquia e matava comerciantes é recapturado

Foragido da saída temporária, mafioso chinês que extorquia e matava comerciantes é recapturado


Homem estava foragido do sistema penitenciário desde 2023 e foi reconhecido pelas câmeras do Programa Smart Sampa, na Rua 25 de Março, em São Paulo

Reprodução/Youtube/Smart Sampasmart sampa mafia chinesa
Lin Xianbin, apontado como integrante do Grupo Bitong, caminhando no centro de São Paulo

Lin Xianbin, que agia contra comerciantes chineses na região da Rua 25 de Março, na capital paulista, foi preso pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), após as câmeras de reconhecimento facial do Programa Smart Sampa reconhecê-lo caminhando no Centro da cidade. Ele pertence ao mesmo grupo do mafioso Liu Bitong, preso pela Polícia Federal em dezembro em Roraima. Desde o início do Smart Sampa, em julho do ano passado, as câmeras do sistema inteligente de monitoramento já ajudaram a prender 551 foragidos do sistema carcerário e outros 1.762 criminosos em flagrante, além de auxiliar no encontro de 31 pessoas desaparecidas.

Condenado a 18 anos por extorsão mediante sequestro e associação criminosa, Xianbin, de 52 anos, estava foragido do sistema penitenciário desde 2023, quando deixou a Penitenciária Cabo PM Marcelo Pires da Silva, em Itaí, no interior paulista, para a saída temporária de Natal. Ele é natural da província de Fujian, na China.

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O homem é apontado como integrante do Grupo Bitong, uma organização criminosa ligada à Máfia Chinesa, conhecida e temida na comunidade asiática por usar de violência extrema contra suas vítimas, praticando sequestros, ameaças e execuções como forma de coação. De acordo com as investigações, os integrantes do bando praticam extorsão contra outros chineses que comercializam capinhas de celular no Centro de São Paulo, especialmente na região da 25 de Março.

A quadrilha exigia grandes quantias em dinheiro para permitir que comerciantes continuassem operando seus negócios e, para isso, não hesitava em sequestrar parentes das vítimas e ameaçar denunciá-las por possíveis irregularidades em suas lojas. A organização é suspeita de envolvimento na morte de ao menos três comerciantes que se recusaram a pagar pelos esquemas de extorsão.

O grupo operava em um apartamento na Rua Senador Queiroz, na região central de São Paulo, onde as vítimas eram coagidas sob a mira de armas de fogo. Entre os crimes pelos quais Xianbin foi condenado, está o sequestro do irmão de um comerciante de acessórios para celulares em 2014.

A vítima havia acabado de desembarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos, vinda da China, quando foi levada pelos criminosos, que exigiram R$ 300 mil por sua liberdade. O Grupo Bitong foi desmantelado em 2017, após uma grande operação da Polícia Civil de São Paulo em cooperação com autoridades chinesas. A ação resultou na prisão de 20 pessoas e no cumprimento de mais de 30 mandados de busca e apreensão.

Na época, durante as diligências, sete armas de fogo foram encontradas em endereços ligados ao grupo, incluindo pistolas 9mm, calibre 380 e uma arma calibre 6.35, localizada em uma casa no Guarujá, onde sete integrantes foram presos. Após ser capturado pela GCM, Lin Xianbin foi conduzido ao 8º Distrito Policial, na região do Brás, onde permanece à disposição das autoridades.

 

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.





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