Mais de 60 mil trabalhadores foram resgatados de trabalho escravo no Brasil desde 1995

Mais de 60 mil trabalhadores foram resgatados de trabalho escravo no Brasil desde 1995


Apesar da abolição formal em 1888, e mesmo com a criação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, essa prática ainda persiste no país; Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo é celebrado nesta terça-feira (28)

Unsplash/Tasha JolleyESCRAVIDÃO-TRABALHO ANÁLOGO-ESCRAVO
As condições que caracterizam o trabalho análogo à escravidão incluem coação, ambientes degradantes, jornadas excessivas e restrições à liberdade

Desde 1995, o Brasil tem resgatado cerca de 65 mil trabalhadores que se encontravam em situações análogas à escravidão. Apesar da abolição formal do trabalho escravo em 1888, essa prática ainda persiste no país. No Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, celebrado nesta terça-feira (28), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ressaltou que a maioria das vítimas são indivíduos em situação de vulnerabilidade, com baixo nível educacional e oriundos de áreas com escassas oportunidades. As condições que caracterizam o trabalho análogo à escravidão incluem coação, ambientes degradantes, jornadas excessivas e restrições à liberdade.

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Para enfrentar essa questão, o Brasil estabeleceu, em 1995, o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), que atua no combate a essa prática, frequentemente associada ao abuso de pessoas vulneráveis. A maioria das vítimas resgatadas é composta por pessoas de baixa renda, muitas vezes negras ou pardas, que, devido à falta de informação sobre seus direitos, se tornam alvos fáceis para a exploração. A legislação brasileira assegura que trabalhadores estrangeiros desfrutem dos mesmos direitos que os nacionais e têm a possibilidade de denunciar situações de trabalho escravo.

Em 2020, foi criado o Sistema Ipê, um canal dedicado exclusivamente para receber denúncias relacionadas ao trabalho análogo à escravidão.  Nos últimos anos, houve um aumento considerável no número de denúncias, refletindo uma maior conscientização sobre o problema. A legislação também prevê assistência social, reintegração ao mercado de trabalho, apoio jurídico e programas governamentais voltados para as vítimas.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicada por Matheus Oliveira





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