Vitor Novello comemora parceria com Marco Nanini nos palcos: aprendizado

Vitor Novello comemora parceria com Marco Nanini nos palcos: aprendizado


Com quase 20 anos de carreira, o ator Vitor Novello tem investido cada vez mais na música e revela que isso se deu de forma muito natural, principalmente depois de fazer o musical “Zanquim”, dirigido por  Duda Maia, “que tem essa pegada do elenco compor e tocar em cena”.

Segundo o artista, foi uma experiência linda e foi ali que entendeu que adorava ficar nessa encruzilhada entre teatro e música, as vezes sem saber onde começa um e acaba outro. “Atuar, escrever, compor, são formas que encontro de me expressar.” Acompanhe outros trechos dessa entrevista:

Muitos artistas comentam que existe um certo receio do mercado quando um ator resolve se dedicar também à música e vice-versa. Você já passou por alguma situação de preconceito nesse sentido? E como é conciliar as duas profissões?

– Acho muito importante respeitar e ouvir quem veio antes e a galera que está fazendo música há tanto tempo no seu dia a dia. Mas, felizmente, sempre encontrei apoio entre os amigos artistas. Como em toda profissão sempre vai ter quem julgue, mas procuro sempre a via do diálogo e do respeito, assim vou buscando meu espaço.

Em 7 de fevereiro, você lança seu novo EP chamado “Perto”. O que podemos esperar desse projeto? Quais suas inspirações para compor as canções desse seu segundo álbum?

– Posso adiantar que é um som bem de perto, como o nome do EP já anuncia. Sinto que são confissões no pé do ouvido sobre amores, dores, angústias e desejos. Então acredito que nesse EP os amores foram a fonte de inspiração, com as suas dificuldades e alegrias. Estou bem feliz com o resultado porque sinto que ele tá bem próximo de mim, com a cara que eu gostaria que tivesse, mas falando de coisas que todo mundo sente. Isso me dá uma alegria boa! O EP tem referências da MPB e do pop rock nacional. Estou animado pra esse lançamento.

Você estreou como artista no teatro aos 10 anos e aos 11 na TV. Como avalia essa caminhada? Com apenas 29 anos de idade você se sente já um veterano?

– Sinto que minha trajetória profissional, por ter começado bem cedo, está muito atrelada mesmo com a minha vida. Eu amo fazer o que faço e não me imagino lidando com outra coisa senão a arte. Acho que de fato a arte existe pra não adoecermos de realidade e atuar desde pequeno foi uma porta de entrada muito importante pra todo esse universo que se abriu pra mim anos depois. Fico orgulhoso com essa trajetória que passeia pelo audiovisual e pelo teatro, e me anima pensar que ao mesmo tempo está só começando. São quase 20 anos de quase 30 que tenho agora, então você pode imaginar como faz parte do meu amadurecimento de vida mesmo lidar com a profissão e com as artes de um modo geral, com todas as coisas boas e ruins dessa experiência. A verdade é que sou feliz com esse caminho e desejo viver ele até o fim da vida.

Você, atualmente, também tem feito trabalhos no teatro e está em cartaz em dois projetos no Rio de Janeiro: “O traidor’, ao lado de Marco Nanini, e “Gota D´água in concert”. Como tem sido conciliar as carreiras de ator e músico?

– Eu costumo dizer que as vezes tenho dificuldade de definir tão certamente onde começa uma carreira e termina outra. Acho que o ator empresta muito pro músico dar esses passos iniciais e acredito que ambos se ajudem ao longo do percurso. Também tenho escrito pra teatro e acho que há espaço pra todas essas frentes de atuação, desde que organizemos a logística da coisa. Claro que, como em tudo na vida, é preciso fazer escolhas, mas cada uma tem o seu momento.

E como tem sido trabalhar ao lado de Marco Nanini? Como é a troca entre vocês?

– Tem sido um grande aprendizado! Marco e o resto do elenco e equipe me receberam superbem nessa temporada, me sinto feliz de poder trabalhar e aprender ao mesmo tempo. Acho sempre importante escutar com muita atenção quem vem fazendo o que amamos há tanto tempo e com tanto talento.

O que falta fazer depois de uma trajetória de quase 20 anos?

– Mais do que o que falta, prefiro pensar em quantas coisas o futuro reserva! Amo essa vida de artista também porque tudo é imprevisível, pro bom e pro ruim. E gosto de ser surpreendido pelas oportunidades que a vida traz. Tenho certeza de que tem muita coisa pela frente! Mas, certamente, botar meus projetos autorais no mundo em teatro e música é algo que vou investir meu tempo e paixão.

Quais os próximos projetos para este ano?

– Além do EP estamos circulando com o filme “Infinimundo” por festivais ao redor do mundo. Fomos premidos em Gramado e em Los Angeles no LABRFF como melhor trilha sonora. Além de “O Traidor” tem também o espetáculo “Gota D’água In Concert”, onde interpreto Jasão, um personagem incrível que tenho adorado fazer, com um elenco sensacional e direção do João Fonseca. Estou na série sobre o Raul Seixas que vem aí esse ano no Globoplay, estou escrevendo uma peça que logo mais vem pro mundo, além de outras coisas surgindo e que ainda não posso contar.



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