Partido terá candidaturas em ambas as Casas; antes, a legenda já havia oficializado o nome de Eduardo Girão ao Senado
O partido Novo anunciou nesta 2ª feira (27.jan.2025) a candidatura de Marcel van Hattem (Novo-RS) para a presidência da Câmara dos Deputados. A legenda já havia oficializado o nome de Eduardo Girão (Novo-CE) para o comando do Senado. As eleições em ambas as casas estão marcadas para sábado (1º.fev).
“Não estamos confortáveis com o fato de termos apenas duas candidaturas lançadas, uma do Centão e outra do Psol. A oposição precisa ter uma opção, pois entendo que não podemos ficar nas mãos dos mesmos grupos que têm dominado a Câmara e o Senado há tantos anos”, declarou o deputado.
Com candidatura consolidada, Hugo Motta (Republicanos-PB) está praticamente garantido como o próximos presidente da Câmara. O deputado paraibano construiu um arco de alianças que alcança uma bancada de 495 dos 513 deputados –precisa de 257 votos. Tem apoio do PL ao PT. Arthur Lira (PP-AL) e o presidente da sigla, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), patrocinam sua campanha.
Antes do anúncio no Novo, Motta tinha só um adversário na disputa: o Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ).
“Não há clareza sobre quais propostas da oposição serão de fato implementas por Hugo Motta se, de fato, for eleito. E quando alguém tem apoio do PT eu tenho automaticamente o pé atrás”, disse Marcel van Hattem (Novo-RS).
Segundo o Novo, a candidatura de van Hattem “se compromete com as pautas da oposição na Câmara” e com o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ainda, com a anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro e temas como o combate ao abuso de autoridade, as reformas estruturais e relacionadas às pautas econômicas.
“Nosso compromisso é com o Brasil, não com barganhas políticas ou interesses de curto prazo. Queremos devolver o protagonismo ao Parlamento e garantir que as decisões tomadas aqui reflitam os anseios da população”, declarou o deputado.
No Senado, Novo lançou a candidatura de Eduardo Girão, senador pelo Ceará. O comando da Casa Alta, no entanto, deve ficar com Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
O desafio de Alcolumbre é conquistar votos que lhe deem ampla maioria para demonstrar hegemonia. O congressista tem o apoio de 10 bancadas partidárias. Se for eleito com um número consideravelmente inferior ao esperado, chegará menor à presidência.
Como o voto é secreto e individual, o apoio das siglas não assegura adesão automática dos integrantes a Alcolumbre. A candidatura avulsa de Marcos Pontes (PL-SP) pode rachar o PL, cuja bancada, a 2ª maior do Senado, pressiona pelo impeachment de ministros do STF –uma bandeira defendida pelo ex-ministro de Bolsonaro.
Leia mais: