Pesquisa com 30 mil adultos mostra maior risco de morte prematura; condição está associada ao dobro de casos de tabagismo e alcoolismo
Um estudo com mais de 30 mil adultos britânicos diagnosticados com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) descobriu uma redução significativa na expectativa de vida desses pacientes. A pesquisa, publicada na 5ª feira (23.jan.2025) no The British Journal of Psychiatry, revelou que homens com TDAH vivem em média 7 anos menos, enquanto mulheres têm redução de 9 anos em comparação com a população geral.
O levantamento analisou 9.561.450 pacientes do Serviço Nacional de Saúde da Grã-Bretanha, dos quais 30.039 tinham diagnóstico de TDAH. Durante o acompanhamento (2000-2019), foram registradas 341 mortes no grupo com TDAH, sendo 193 homens e 148 mulheres.
A pesquisa identificou que pessoas com TDAH têm probabilidade duas vezes maior de fumar ou abusar de álcool. O grupo também apresenta taxas mais elevadas de autismo, comportamentos autolesivos e transtornos de personalidade, além de maior dificuldade no controle de impulsos e tendência a comportamentos arriscados na idade adulta.
Os especialistas destacam que o TDAH é substancialmente subdiagnosticado, especialmente em mulheres e pessoas não-brancas. O diagnóstico tardio pode agravar os riscos associados à condição.
Uma meta-análise publicada em 2022 no JAMA Pediatrics confirmou que mortes por causas não naturais, como acidentes ou suicídio, são 2,81 vezes mais frequentes entre pessoas com TDAH.