Possível acordo para a participação União de Maricá no Grupo Especial em 2026 gera repercussão durante o ensaio de Carnaval
Os foliões estão revoltados com a descoberta do portal LeoDias, que noticiou um suposto acordo na LigaRJ, da Série Ouro. A aliança, que teria garantido a entrada da escola União de Maricá no Grupo Especial em 2026, deu o que falar durante o 1º ensaio técnico do Carnaval no Rio de Janeiro, no último domingo (26/1), com direito a xingamentos.
Conforme apuração da nossa reportagem, existe um possível acordo para que a escola participe dos desfiles do Grupo Especial em 2026. A vantagem teria sido articulada por Sandro Avelar, presidente da LigaRJ. No entanto, a decisão gerou repercussão entre nomes importantes que participaram do primeiro ensaio e não deixaram de se pronunciar sobre a polêmica.
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União da Ilha do Governador
O presidente da União da Ilha do Governador, Ney Filardi, se revoltou e disparou um discurso cheio de palavrões: “Eu seria hipócrita se não dissesse pra vocês o repúdio total às notícias que essa semana surgiram! Gente, eu não vou deixar que isso aconteça. Nós trabalhamos estamos trabalhando pra ca**** o ano todo o ano todo”, iniciou indignado.
“Não adianta! Quer ganhar o Carnaval? Tem que ganhar aqui!”, Filardi deixou claro que não tem inveja do dinheiro da escola, e apesar de não citar nomes, mandou um recado: “Podem vir com alegoria banhada a ouro, fantasias cravejadas de diamantes, mas respeitem as 16 escolas! Eu não tenho procuração para falar por elas, mas tomo liberdade, respeitem para serem respeitados. Têm dinheiro? Enfia naquele lugar!”.
Em Cima da Hora
Um dos anfitriões do evento, Heitor Fernandes, presidente da Em Cima da Hora, também não economizou ao comentar sobre a “fofoca da semana”: “A Maricá campeã? Ela tem que ter 10% da idade da minha escola, 1% de samba antológico que teve a minha e não estou nem falando das outras. É só para ter noção”, ele ironizou o “jogo de cartas marcadas”.
Heitor também aproveitou para mandar um recado para governadores, prefeitos e diretores, pedindo um posicionamento: “O Carnaval é aqui, é o Carnaval do povo. O povo é quem faz o Carnaval”. Por fim, ele fez questão de defender a reportagem feita por este portal. “Muita gente critica o Leo Dias, mas ele vive de fofoca. Fofoqueiro é quem leva. Ele só divulga”.
Inocentes de Belford Roxo
Reginaldo Gomes, presidente do conselho fiscal da Inocentes de Belford Roxo, reforçou que o Carnaval não se trata de dinheiro e que “não existe ganhador de véspera”. Ele destacou que não há folia sem história e sem samba no pé. “Vai ter que suar muito para ganhar da Inocentes e das outras escolas que estão aqui”, afirmou, evidenciando a união entre as rivais durante a polêmica.
“Se fosse só dinheiro, era só passar três carros fortes que ganhava, mas não é! Tem que passar gente, tem que passar mulheres bonitas, tem que passar o povo que gosta de samba, e tem que respeitar o samba, a história, a cultura, que representamos há muitos anos”, declarou, e apesar da polêmica, afirmou confiar no trabalho dos jurados e no presidente para as decisões que a Liga RJ toma.