México diz que vai aceitar deportados dos EUA

México diz que vai aceitar deportados dos EUA


Em comunicado nas redes sociais, Secretaria de Relações Exteriores destaca cooperação bilateral após relatos sobre voo militar de deportação

A Secretaria de Relações Exteriores (SRE) do México afirmou na 6ª feira (24.jan.2025) que manterá o recebimento de cidadãos deportados dos Estados Unidos. A declaração ocorre após relatos de que o país teria negado autorização de pouso para uma aeronave militar americana com imigrantes.

“Tratando-se de repatriações, sempre aceitaremos a chegada de mexicanas e mexicanos ao nosso território com os braços abertos”, disse a SRE em comunicado. O órgão destacou a cooperação com os EUA em temas migratórios, “respeitando as soberanias de ambos os países”.

Segundo a NBC News, que citou fontes do Departamento de Defesa dos EUA, 2 aviões C-17 da Força Aérea americana, cada um com 80 deportados, decolaram para a Guatemala na noite de 5ª feira (23.jan). Um 3º voo, programado para o México, não obteve autorização para decolagem, de acordo com a emissora.

A Casa Branca classificou o caso como “tema administrativo” já solucionado. O Pentágono informou que iniciou o uso de aeronaves militares C-130 e C-17 para deportações, antes realizadas em aviões civis. O plano prevê a deportação de 5.400 pessoas sob custódia da Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP).

O episódio ocorre na primeira semana do novo mandato do presidente Donald Trump, que tomou posse em 22 de janeiro. O republicano prometeu realizar a maior operação de deportação em massa da história dos EUA e ameaçou impor tarifa de 25% sobre produtos mexicanos em resposta à crise migratória na fronteira.

Tensão com países latino-americanos

As deportações geraram atritos com outros países da América Latina neste fim de semana. O Brasil pediu explicações aos EUA neste sábado (25.jan) sobre o tratamento dado a brasileiros que chegaram algemados a Manaus na 6ª feira (24.jan), no 1º voo de deportados após a posse de Trump.

Na Colômbia, o presidente Gustavo Petro inicialmente rejeitou a entrada de aviões militares americanos com deportados, mas recuou após Trump ameaçar impor tarifas emergenciais de 25% sobre produtos colombianos – com aumento para 50% em uma semana – e sanções diplomáticas. Petro disponibilizou o avião presidencial para a repatriação dos cidadãos.





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