Novo prédio do Masp abre ao público pela primeira vez

Novo prédio do Masp abre ao público pela primeira vez


Como parte das celebrações pelo aniversário de São Paulo, comemorado neste sábado, o Museu de Arte de São Paulo (Masp) abriu as portas do novo edifício neste final de semana – e pela primeira vez ao público. Mas foi só para dar um gostinho, já que a abertura oficial do prédio, que recebeu o nome de Pietro Maria Bardi, só ocorre em março. 

Para esse “prelúdio”, como foi chamado o evento, o Masp está apresentando uma programação toda gratuita e que passa por shows, contação de histórias, apresentação de danças e leituras de cartas escritas pela arquiteta Lina Bo Bardi, que projetou o prédio original do museu. Neste domingo, por exemplo, o museu abriu suas portas com uma apresentação do Coral de Heliópolis, que se apresentou próximo à porta de entrada, no primeiro subsolo.

“O evento se chama Prelúdio, porque tem essa ideia de uma antecipação, de um aquecimento para o que vai vir. O Masp abre o novo edifício, com exposições, em 28 de março, mas a gente quis dar esse presente para a cidade de São Paulo, nesse momento de aniversário. Então o prédio abriu para a população conhecer a arquitetura e tem uma série de atividades culturais multidisciplinares para que eles pudessem também vir até o Masp para apreciar um espetáculo de dança, um teatro, música, programação infantil”, disse Paulo Vicelli, diretor de Experiência e Comunicação do museu. “Esse fim de semana é um tira-gosto para as pessoas matarem a curiosidade e para ver como ele está por dentro e apreciar toda essa programação que a gente pensou”, completou.

O chefe de cozinha João Carlos Casangel, 37 anos, foi um dos visitantes do novo prédio do Masp na manhã deste domingo. “Meu namorado conhecia o Coral de Heliópolis e viemos por conta disso. Foi uma apresentação linda, que trouxe algo mais atual, com músicas mais contemporâneas como Milton Nascimento e Emicida”, contou à reportagem da Agência Brasil. Mas não foi só o coral que os atraiu. “Estou bastante curioso para conhecer o restante do novo prédio do Masp”, falou.

Mas há também quem não conseguiu ingressos na internet para curtir a programação deste domingo e entrou em uma fila, do lado de fora, aguardando por uma chance de entrar no novo espaço. Esse foi o caso da engenheira civil Veronica Mariko Mori, 48 anos, que trabalha com manutenção predial. “Estou com curiosidade para conhecer este novo local de artes, anexo ao Masp que já é grandioso. Bateu curiosidade para conhecer as novas instalações”, disse. “De início, minha maior curiosidade é entender como foi feita a construção, até pela minha formação. E também entender como ele vai interagir, se ele é mais moderno ou contemporâneo. Visto de fora ele me parece mais moderno e tecnológico”.

Novo edifício

O novo edifício está localizado ao lado do prédio tradicional do Masp – e que é um cartão postal da cidade de São Paulo, com suas imensas colunas vermelhas e um vão livre.

Este novo edifício recebeu o nome de Pietro Maria Bardi, crítico e marchand italiano que dirigiu o museu entre os anos de 1947 e 1990. Já o edifício mais conhecido e histórico tem o nome de sua projetista, a arquiteta Lina Bo Bardi.

O novo prédio tem 14 andares, aumentando a área de atuação do Masp de 10.485 m2 para 21.863 m2. Nesta nova edificação, o Masp passará a ter cinco novas galerias para exposições, duas áreas multiuso, salas de aula, laboratório de conservação, área de acolhimento de público, restaurante e café, além de depósitos e docas para carga e descarga de obras de arte.

“O Masp sentia a necessidade de expandir seus limites. A gente até fala que o Masp cresceu: o edifício já não era suficiente para tudo que a gente gostaria de fazer. E o novo edifício complementa uma série de espaços e de possibilidades que no prédio histórico não eram possíveis de acontecer. Aqui [no novo prédio] tem um espaço de docas, que a gente não tinha lá, e um espaço todo de área técnica, que agora a gente consegue comportar. Há também espaço para o Masp Escola, um espaço dedicado para as aulas e para os cursos”, explicou Vicelli.

O novo edifício foi construído totalmente com doações e recursos privados. “Ele foi todo construído com dinheiro privado, de doadores, pessoa física, que não se utilizaram de leis de incentivo. Então, isso também já é um precedente único no Brasil e a gente espera que isso seja exemplo para outras instituições e para outros doadores também poderem se inspirar nesse exemplo bem-sucedido”, disse Vicelli.

Mais informações sobre o novo edifício podem ser encontradas no site do museu.



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