Avião com 88 deportados da era Trump com destino ao Brasil pousa em Manaus

Avião com 88 deportados da era Trump com destino ao Brasil pousa em Manaus


Aeronave estava prevista para decolar para o aeroporto de Confins, em Minas Gerais, mas não realizou voo poque o avião precisou passar por manutenção

Instituto de Migração da Guatemala via AFPbrasileiros deportados
Migrantes da Guatemala chegam de volta ao país de origem após serem deportados pelos EUA, na Cidade de Guatemala; voo é um dos primeiros de deportação sob nova política anti-imigratória de Donald Trump

Um voo com 88 deportados pelos Estados Unidos com destino ao Brasil, pousou em Manaus, Amazonas, nesta sexta-feira (25). A aeronave estava prevista para decolar para o aeroporto de Confins, em Minas Gerais, mas não realizou voo poque o avião precisou passar por manutenção. Essa operação faz parte de um acordo estabelecido entre Brasil e EUA em 2017, que visa facilitar o retorno de cidadãos brasileiros que foram processados por entrada ilegal no país norte-americano e que não têm direito a apelação. Ao chegarem ao Brasil, esses deportados não enfrentarão penas. Representantes do governo de Lula esclareceram que a chegada desse voo não deve ser vinculada à nova política migratória implementada por Donald Trump, uma vez que a organização de tais voos demanda um tempo considerável. A responsabilidade pela recepção e procedimentos relacionados à chegada dos deportados será da Polícia Federal.

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Desde que Trump assumiu a presidência, 538 imigrantes em situação irregular foram detidos. O número médio de prisões realizadas pelo ICE, agência de imigração dos EUA, foi de 311 por dia no ano fiscal que se encerrou em setembro de 2024, enquanto no ano anterior, essa média foi de 467. O governo Trump alegou que muitos dos detidos eram criminosos, mas não forneceu detalhes sobre se todos possuíam condenações. O Pentágono anunciou que as Forças Armadas dos EUA irão disponibilizar voos para deportar mais de 5.000 imigrantes que estão detidos em El Paso e San Diego. Além disso, Trump enviou 1.500 soldados adicionais para a fronteira com o México e facilitou a atuação de autoridades estaduais e municipais na detenção de imigrantes.

Desde sua primeira campanha, Trump tem adotado uma postura rigorosa em relação à imigração. Em seu novo mandato, ele assinou uma série de decretos que tiveram impacto imediato sobre a população imigrante. Entre as medidas, estão a declaração de emergência nacional na fronteira sul, a suspensão da entrada de imigrantes, a autorização para prisões em escolas e hospitais, e a limitação do direito à cidadania para filhos de imigrantes indocumentados.

Um juiz federal bloqueou um dos decretos que restringia a cidadania, argumentando que tal medida violava a Constituição. A ONU também se manifestou contra a suspensão da entrada de refugiados, ressaltando que o direito ao refúgio é amplamente reconhecido em nível internacional. Um memorando interno revelou que o governo Trump concedeu ao ICE a autoridade para acelerar a deportação de imigrantes com vistos temporários, mesmo aqueles que estavam sob programas do governo Biden, que visavam criar mais opções legais para a solicitação de refúgio.

Publicado por Sarah Paula

*Reportagem produzida com auxílio de IA





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