Desde que voltou para o Brasil, no início de 2023, Clarice Alves tem investido cada vez mais em sua carreira de atriz. Gravou participação na sexta temporada de “Impuros”, série do Disney+, prevista para estrear ainda este ano e, em breve, voltará aos palcos como protagonista de “A mulher sem pecado”, peça baseada em texto de Nelson Rodrigues. Além disso, Clarice tem um projeto no audiovisual, uma novela, cujos detalhes serão revelados oportunamente.
Vivendo na ponte aérea Rio- Madri, onde o filho mais velho, Enzo, segue morando, ela também não renunciou à sua carreira por lá.
Clarice gravou o longa policial “Tras Los Pasos de La Rubia Platino”, do cineasta Jake David Shapiro, com direção de Eduardo Castejón. A atriz é a única brasileira do elenco e vai dar vida à protagonista, Ana Galarza, policial firme e capaz de enfrentar todas as dificuldades para proteger a filha.
“Morei na Espanha por 17 anos e não conhecia a região de Astúrias, onde filmamos e fiquei encantada. Foi meu primeiro trabalho com este diretor e tive um feliz reencontro com Carlos Urrutia, um grande amigo com quem fiz o filme Urubú, na Amazônia, em 2019. Além disso, foi uma troca ótima com grandes atores experientes e com o próprio diretor, que é muito aberto a essa conversa com elenco”, diz Clarice.
Clarice é casada com o jogador de futebol Marcelo, com quem tem Enzo e Liam. O casal mudou-se para Europa ainda bem novos, quando Marcelo foi jogar no Real Madrid. Clarice decidiu seguir o marido, mas não deixou sua carreira de lado. “Sempre estudei e me dediquei ao ofício que escolhi, o de atriz. E, há 14 anos, o divido feliz com a maternidade”.
Liam também adorou a mudança e segue os passos do pai, jogando nas Laranjeiras.
“Estou aberta e pensando em novos projetos”. Formada em artes cênicas, ela fez uma participação na novela “Tempo de Amar” (2018), da TV Globo. No ano seguinte, protagonizou o filme “Urubú”, rodado na Amazônia. No currículo, também tem o longa italiano “Diminuta” (2018) e a minissérie “Passaporte para a Liberdade” (2021), do Globoplay.
Já sobre o momento do streaming no Brasil, com investimentos inclusive em novelas, Clarice avalia que as plataformas ampliaram e diversificaram as possibilidades de projetos e trabalhos no campo audiovisual:
“Existem projetos muito diferentes, de vários formatos nas plataformas. A novela é um exemplo, podendo ser feita em um modelo mais curto do que estávamos habituados.
O streaming também proporciona um alcance a nível mundial. Isso é muito positivo para nós atores e profissionais do meio, que podemos ter nosso trabalho visto em outros países”.
E como as novelas produzidas no Brasil são vistas lá fora?
“Nossas novelas sempre foram muito bem vistas internacionalmente. São consideradas produções de alta qualidade. Muitas emissoras internacionais compram nossas novelas para transmiti-las em sua grade, ao invés de tentar produzir as suas próprias”.
Tem alguma personagem do passado, na nossa dramaturgia, que você gostaria de ter feito?
“Anita Garibaldi, da Casa das Sete Mulheres. E Hilda Furacão.”