Karla Sofía Gascón, de 52 anos, alcançou um marco histórico. Isso porque ela recebeu indicação ao Oscar na categoria de Melhor Atriz por seu trabalho no musical “Emilia Pérez”.
A indicação, anunciada na quinta-feira, 23 de janeiro), torna Gascón a primeira mulher trans a receber tal reconhecimento da Academia.
Quem são os esnobados e excluídos do Oscar?
Natural de Alcobendas, na Espanha, Karla nasceu Carlos Gascón em 1972. Ela iniciou sua carreira no final dos anos 1980, com destaque em “El Águila de Fuego”, e consolidou sua presença em séries de televisão como “El Súper”, “El Pasado Es Mañana” e “Calle Nueva”.
Em 2009, mudou-se para o México, onde participou de novelas como Corazón Salvaje e do sucesso de bilheteria “Nosotros Los Nobles” em 2013.
Após voltar à Espanha em 2018 para iniciar sua transição de gênero, Gascón retornou ao México. Lá, participou de programas como “MasterChef Celebrity” e da série “Rebeldes”, além de lançar o livro semiautobiográfico “Karsia: Una Historia Extraordinaria”.
No filme Emilia Pérez, sua personagem reflete parte de sua trajetória, incluindo a transição de gênero e a ligação com o México. Apesar das semelhanças, a vida pessoal de Gascón se diferencia. “São elas, minha mulher e minha filha, que aguentam minhas loucuras todos os dias”, declarou a atriz em Cannes, referindo-se à esposa Marisa e à filha do casal, hoje com 13 anos.
Erika Hilton celebra conquista de Karla Sofía
A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) comemorou a indicação de Karla Sofía Gascón. Em publicação no X (antigo Twitter), Hilton destacou, antes de mais nada, que a nomeação simboliza “o talento e a excelência trans chegando ao topo do reconhecimento mundial do cinema”.
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Hilton também aproveitou a ocasião para criticar Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. Isso porque ele declarou em sua posse que reconheceria apenas dois gêneros no país: masculino e feminino.
Assim sendo, a parlamentar classificou a política do republicano como uma “ameaça aos direitos humanos, à diversidade e ao futuro do planeta”. Para Erika, a Academia de Hollywood trouxe principalmente “luz no período de trevas” que os EUA começam a atravessar.
A nomeação de Karla Sofía Gascón ao Oscar marca uma nova era de representatividade no cinema e reforça a importância de figuras trans em posições de destaque, inspirando debates globais sobre inclusão e diversidade.