A produção mais cara de 2024 foi “Duna: Parte 2”, com mais de US$ 190 milhões investidos pela Warner Bros; cerimônia será em 2 de março
A Academia do Oscar divulgou na 5ª feira (23.jan.2025) as 10 produções que concorrerão ao cobiçado prêmio de melhor filme, em 2 de março. A lista trouxe a inédita indicação de um brasileiro na categoria: “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles. Foi a produção mais barata dentre as que concorrem à principal estatueta –custou cerca de US$ 1,5 milhão.
Na edição deste ano, a produção mais cara foi “Duna: Parte 2”, com pouco mais de US$ 190 milhões investidos pela produtora e distribuidora Warner Bros. É mais de 120 vezes o custo do filme brasileiro.
Leia abaixo a lista completa dos orçamentos de cada filme:
O alto gasto com “Duna: Parte 2”, porém, foi compensado nas bilheterias. A obra superou a arrecadação de seu antecessor, que registrou cerca de US$ 434 milhões nos cinemas ao redor do mundo. A sequência da ficção científica do diretor canadense Denis Villeneuve já arrecadou aproximadamente US$ 700 milhões até 5ª feira (23.jan).
O investimento no longa-metragem por parte da Warner se justifica na quantidade e qualidade de efeitos visuais, tendo em vista a dificuldade da produção. De acordo com Paul Lambert, supervisor de efeitos visuais do filme, o custo dos efeitos foi “crucial para o sucesso do filme”, tendo cenas no deserto gravadas em Budapeste, na Hungria.
Mas quantias extravagantes de dinheiro não são uma garantia de sucesso em premiações, como visto nas últimas edições do Oscar. Nos últimos 20 anos, só 6 filmes vencedores do prêmio tiveram um orçamento superior a US$ 20 milhões. Mas o mais caro foi justamente o último vencedor: “Oppenheimer”, de Christopher Nolan, com cerca de US$ 100 milhões investidos.
EXPECTATIVA NACIONAL
A Academia Brasileira de Cinema indica todo ano um filme para concorrer a uma vaga no Oscar. Em 2025, o escolhido foi “Ainda Estou Aqui”, do diretor Walter Salles.
O filme é baseado no livro homônimo do escritor Marcelo Rubens Paiva sobre a história de sua mãe, Eunice Paiva, após o desaparecimento do deputado Rubens Paiva em 1971, durante a ditadura.
O longa, coproduzido com a França e do mesmo diretor de “Central do Brasil”, ganhou atenção do público ao vencer o prêmio de melhor roteiro no Festival de Cinema de Veneza.
“Ainda Estou Aqui” recebeu diversas indicações a outras premiações, como ao Bafta, Critics Choice Awards, e apareceu na lista de pré-indicados ao Oscar.
Entretanto, a produção ganhou repercussão nacional quando a atriz Fernanda Torres ganhou o Globo de Ouro na categoria de melhor atriz em filme de drama.
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Esta reportagem foi produzida pelo estagiário de jornalismo Davi Alencar sob supervisão do editor Victor Schneider.