O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, negou, nesta quinta-feira (23), que o governo esteja estudando alterar a validade de alimentos nos supermercados. “Isso não está em cogitação”, declarou ele. Ele ainda garantiu que a fala de “intervenção” do governo para a diminuição dos preços, feita pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, durante o programa Bom Dia, ministro de quarta (22), “foi um equívoco na comunicação”.
Costa voltou atrás, em entrevista à CNN mais tarde e em publicação no X (antigo Twitter), e disse que “não haverá intervenções do governo, mas a adoção de MEDIDAS para baratear os alimentos que estão na mesa do povo brasileiro”.
“Ainda analisaremos um amplo conjunto de propostas, mas existem sugestões que não fazem parte da cultura do Brasil e não vejo possibilidade de serem adotadas, incluindo a venda de alimentos não-perecíveis com data de validade ultrapassada a preços menores”, escreveu ele.
Encerrei o dia com uma participação ao vivo no CNN Arena, da @CNNBrasil, e falei sobre a questão do preço dos alimentos. Reafirmo: não haverá intervenções do governo, mas a adoção de MEDIDAS para baratear os alimentos que estão na mesa do povo brasileiro. pic.twitter.com/gIjAKa8oK7
— Rui Costa (@costa_rui) January 22, 2025
A mudança nos prazos de validade dos alimentos foi sugerida ao governo pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), e mudaria o sistema de validade para “conferir preferencialmente até”. A tática é conhecida como “Best Before” (melhor antes, em tradução livre) e é adotada em outros países, como os Estados Unidos, por exemplo. Desta forma, seria possível consumir alimentos com duração maior, como enlatados, e que pudessem ficar mais tempo nas prateleiras.
Mais cedo, Rui Costa recebeu Teixeira, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o secretário de Política Econômica da Fazenda, Guilherme Mello para tratar da alta nos preços dos alimentos. O ministro do Desenvolvimento Agrário afirmou que mais uma reunião ocorrerá nesta sexta (24).