PM prende policial suspeito de matar homem em aeroporto de SP

PM prende policial suspeito de matar homem em aeroporto de SP


Vinícius Lopes Gritzbach havia feito um acordo de delação com o MPSP em março de 2024; ele teria delatado policiais por extorsão

A Corregedoria da PM (Polícia Militar) prendeu um policial suspeito de ser o 2º atirador no assassinato do delator Vinícius Lopes Gritzbach. Ele foi executado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em 8 de novembro de 2024.

Segundo a SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo), a prisão foi efetuada na 3ª feira (21.jan.2025), na sede do 20º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, em Barueri. O suspeito seria encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes, na Região Metropolitana.

Com a nova prisão, o número de detidos por envolvimento no caso chega a 26, sendo eles: 17 PMs, 5 policiais civis e outras 4 pessoas relacionadas ao homem apontado como olheiro do crime, que está foragido.

O caso é investigado por uma Força-Tarefa, que inclui o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) e as corregedorias das polícias civil e militar.

PMs presos

Na última 5ª feira (16.jan), a Corregedoria já havia prendido o 1º policial militar identificado como um dos autores dos disparos contra Gritzbach. Imagens das câmeras de segurança do aeroporto mostram 2 atiradores saindo do carro e realizando os disparos.

Na mesma operação, mais 14 PMs foram presos por suspeita de envolvimento com o crime organizado e por prestarem serviço de segurança ilegal ao delator.

Na mesma data, a namorada do homem apontado como olheiro do crime foi presa pelo DHPP, por meio de um mandado obtido em uma investigação sobre tráfico de drogas. Segundo a apuração, a mulher de 28 anos era responsável por comercializar as drogas de posse do namorado, Kauê do Amaral Coelho, que tem mandado de prisão expedido e está foragido.

No dia seguinte (17.jan), outro envolvido foi detido. O homem, de 22 anos, é investigado por ter relação com Kauê e por associação ao tráfico de drogas. Em outra ação do DHPP, um tenente da PM foi preso no sábado (18.jan). O policial seria o condutor do veículo utilizado na execução do crime, um Gol preto, que levava os 2 policiais militares identificados pela investigação como autores dos disparos.

Mandante

A diretora do DHPP, delegada Ivalda Aleixo, informou, na semana passada, que a polícia tem 2 linhas “bastante adiantadas” de investigação para identificar o mandante da execução de Gritzbach. Ambas apontam para membros do PCC.

Vinícius Lopes Gritzbach, acusado de lavagem de dinheiro e de ter mandado matar duas pessoas do PCC, fez um acordo de delação com o MPSP (Ministério Público do Estado de São Paulo) em março de 2024. Segundo a promotoria, na colaboração para atenuar a pena, o réu citou agentes públicos.

O conteúdo da delação é sigiloso, mas, em outubro do ano passado, o MP encaminhou à Corregedoria da Polícia Civil trechos do documento, em que o delator denuncia policiais civis por extorsão. Em 31 de outubro ele foi ouvido na Corregedoria, 8 dias antes de ser morto. Gritzbach também delatou um esquema de lavagem de dinheiro utilizado pelo PCC.


Com informações da Agência Brasil.





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