O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), voltou a falar neste domingo (19.jan.2025) que o TikTok será reativado no país. O aplicativo estava banido por causa da nova legislação federal que obrigou a ByteDance, empresa chinesa proprietária do TikTok, a vender sua operação no território norte-americano.
“A partir de hoje, o TikTok está de volta”, disse Trump em comício de vitória no Capital One Arena, em Washington, D.C., na véspera de sua posse como 47º presidente dos Estados Unidos.
Mais cedo, o republicano havia escrito em sua rede social, a Truth Social, que irá emitir uma ordem executiva no 1º dia do novo mandato para adiar a proibição do aplicativo.
Depois da publicação de Trump, o TikTok declarou que passou a restaurar parcialmente sua operação no país norte-americano. No mesmo comunicado, agradeceu o presidente eleito por “fornecer a clareza e a garantia necessárias” para a retomada do aplicativo.
Eis a íntegra de declaração publicada no X:
“Em acordo com nossos provedores de serviço, o TikTok está em processo de restauração do serviço. Agradecemos ao Presidente Trump por fornecer a clareza e a garantia necessárias aos nossos provedores de serviço de que eles não enfrentarão penalidades ao fornecer o TikTok a mais de 170 milhões de americanos e permitir que mais de 7 milhões de pequenas empresas prosperem. É uma posição forte pela Primeira Emenda e contra a censura arbitrária. Trabalharemos com o presidente Trump em uma solução de longo prazo que mantenha o TikTok nos Estados Unidos”.
TRUMP QUER PARTICIPAÇÃO NORTE-AMERICANA
O plano de Trump consiste em criar uma joint venture com 50% de participação norte-americana no controle do aplicativo.
“Eu gostaria que os Estados Unidos tivessem uma participação de 50% em uma joint venture. Fazendo isso, salvamos o TikTok, mantemos o aplicativo em boas mãos e permitimos que ele continue ativo. Sem a aprovação dos EUA, não há TikTok”, disse Trump. “Com nossa aprovação, ele vale centenas de bilhões de dólares — talvez trilhões”, disse o presidente eleito.
Apesar de criticar a nova legislação, a administração Trump defendeu o banimento do aplicativo nos Estados Unidos em 2020. “Não quero passar na frente do presidente [Donald Trump], mas [o banimento] é algo que estamos considerando”, afirmou à época o então secretário de Estado, Mike Pompeo.
ENTENDA O CASO
A lei que impede o download do TikTok foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente americano, Joe Biden (Partido Democrata), em abril de 2024. O governo dos EUA defendeu a proibição do aplicativo com base na suposta coleta de dados confidenciais dos norte-americanos, o que representaria risco à segurança nacional.
A legislação estipulou o prazo até 19 de janeiro de 2025 para o TikTok vender suas operações no país a um comprador norte-americano. Como a negociação não foi selada, serviços de hospedagem nos EUA foram proibidos de trabalhar com o TikTok.
A ByteDance nega as acusações de coleta de dados sigilosos. O CEO da companhia, Shou Zi Chew, chegou a cogitar ir à posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, nesta 2ª feira (20.jan).