Rafael Bittencourt entregará um laudo técnico apontando plágio de Adele em “Million Years Ago”
O cantor e guitarrista Rafael Bittencourt, da banda Angra, revelou já ter sido alvo de plágio quando a faixa “Stand Away”, do álbum “Angels Cry”, foi copiada por bandas de forró como “Mala Sem Alça” e “Moleca Sem Vergonha”.
Veja as fotos
Rafael BittencourtFoto: Tamires Lopes
Toninho Geraes e AdeleFotos: Reprodução
AdeleReprodução: Instagram
Adele diz que fará pausa ‘longa’ na carreira: ‘Preciso descansar’Reprodução: Instagram
Agora, o artista também se envolve no caso de Adele: ele elaborou um parecer técnico afirmando que a música “Million Years Ago”, lançada pela cantora no álbum “25”, apresenta semelhanças significativas com “Mulheres”, um clássico de Toninho Geraes popularizado por Martinho da Vila.
Fontes do portal LeoDias afirmaram que Bittencourt analisou as obras e detectou o plágio. “Rafael, multi-instrumentista, é um músico reconhecido nacional e internacionalmente, principalmente pelo trabalho desenvolvido na banda Angra, em que é responsável pelos arranjos e pelas guitarras.
Ele é formado em composição e arranjos, e, pelo que já soube, vai apresentar um laudo incontestável, aprofundando o debate decisivamente”, afirmou.
O laudo será entregue nesta segunda-feira (20/1) e foi solicitado pela advogada Deborah Sztajnberg, amiga do músico. Além disso, será anexado ao processo aberto em fevereiro do ano passado, acusando Adele e Greg Kurstin, coautor da faixa, de plágio.
Segundo Bittencourt, as duas músicas compartilham acordes, harmonia e uma construção melódica marcadas pelo uso de colcheias.
Embora a influência entre músicos seja natural e o plágio nem sempre intencional, ele argumentou que, nesse caso, as semelhanças são tão evidentes que sugerem uma tentativa de mascarar a origem da inspiração.
No início do mês, a Justiça do Rio de Janeiro determinou a suspensão imediata da reprodução e comercialização de “Million Years Ago” no Brasil e no exterior.
As plataformas de streaming estão obrigadas a retirar a música de seus catálogos, mas a medida só entra em vigor após notificação formal, cuja data ainda não está definida.
A Polícia Civil iniciou no último dia 13 uma investigação sobre a possível falsificação da assinatura de Adele em documentos relacionados ao caso.
Até o momento, a Sony e a Universal, gravadoras que representam a cantora britânica no Brasil, não se posicionaram sobre a acusação.
