Moeda americana encerrou o dia cotada a R$ 6,04, enquanto o principal indicador da bolsa brasileira com alta de 0,41%, aos 122 855,15 pontos
O dólar encerrou o dia em queda, cotado a R$ 6,04, após intervenções do Banco Central (BC) e notícias relacionadas a Donald Trump. A desvalorização da moeda foi de 0,4%, refletindo um movimento semelhante em relação a outras divisas. Para garantir maior liquidez e estabilidade no mercado, o BC, sob a liderança de Gabriel Galípolo, injetou US$ 2 bilhões em dois leilões. Essa redução no valor do dólar ocorreu em um momento em que se esperava que Trump não anunciasse novas tarifas de importação em seu primeiro dia de governo. A ação do BC foi considerada essencial para restaurar a liquidez após um período atípico que se estendeu até o final do ano anterior.
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Analistas financeiros destacaram que a injeção de dólares no mercado pode ter sido uma resposta a informações que indicavam possíveis movimentações capazes de gerar volatilidade nas cotações. Além disso, a moeda americana também apresentou desvalorização em relação a outras moedas, como o peso mexicano e o rand sul-africano. Esses fatores combinados contribuíram para um ambiente de maior estabilidade no mercado cambial, aliviando as preocupações sobre flutuações bruscas nas taxas de câmbio. A atuação do Banco Central foi vista como um passo importante para manter a confiança dos investidores em um cenário econômico que ainda apresenta incertezas.
O discurso de posse, sem surpresas, do presidente Donald Trump nesta segunda-feira (20), manteve o Ibovespa no campo positivo até o fechamento do dia, em alta de 0,41%, aos 122 855,15 pontos, com giro muito enfraquecido neste feriado nos Estados Unidos pelo Dia de Martin Luther King Jr. O índice oscilou de 121.511,13 até 123.171,63, em alta de 0,67% na máxima do dia perto do fim da sessão, em que saiu de abertura aos 122 348,99 pontos. O giro foi de apenas R$ 11,7 bilhões. Concluídos dois terços do mês, o Ibovespa acumula ganho de 2,14% em janeiro. Sem a referência de Nova York na sessão, o retrato do Ibovespa antes e depois do discurso de posse foi semelhante.
O índice da B3 manteve discreta alta, em sessão com poucos catalisadores domésticos para os negócios. Entre as principais ações do Ibovespa, Vale ON destoava desde cedo da orientação geral, em baixa de 0,37% no fechamento. O dia foi de variação contida para Petrobras, com a ON em alta de 0,72% e a PN, de 0,24%. Entre os maiores bancos, também prevaleceram ganhos, com destaque para Itaú (PN +0,96%) no encerramento. Na ponta vendedora nesta segunda-feira, Cosan (-6,83%), Brava (-6,43%) e Raízen (-5,39%). No lado oposto, Braskem (+8,45%), Assai (+4,81%) e Yduqs (+3,61%).
A falta de detalhamento de Trump quanto a tarifas que havia prometido impor com rapidez a parceiros comerciais próximos, como Canadá e México, foi lida de forma positiva pelo mercado. A ausência de referências comerciais específicas contribuiu para reforçar a visão de que a atuação protecionista será feita de forma gradual, sem arroubos que afetem não apenas o fluxo de mercadorias e serviços como também a inflação.
*Reportagem produzida com auxílio de IA e com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Matheus Oliveira