Nome forte do esporte da TV Globo, Léo Batista foi exemplo para o jornalismo esportivo carioca
O lendário jornalista Léo Batista morreu neste domingo (19/1), no Rio de Janeiro. Ícone do esporte da TV Globo, o eterno apresentador do Globo Esporte morreu aos 92 anos no hospital Rio’s D’Or, localizado na Zona Oeste da cidade em decorrência de complicações causadas por um tumor no pâncreas. O jornalista deu entrada no hospital no dia 6 de janeiro, em decorrência de um quadro de desidratação e dor abdominal.
O jornalista se dedicou a profissão por 77 anos, sendo 54 anos na TV Globo, tendo chegado lá em 1970. Na emissora, o apresentador passou por quase todos os programas icônicos da grade da emissora: Jornal Hoje; Globo Rural; Fantástico; Globo Esporte; e Esporte Espetacular.
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Com uma voz inconfundível, Léo Batista iniciou sua carreira ainda adolescente, aos 15 anos, trabalhando no serviço de alto-falantes em sua cidade natal, Cordeirópolis, interior de São Paulo. Nascido em 22 de julho de 1932, filho de imigrantes italianos, foi nesse pequeno município que ele foi descoberto e deu os primeiros passos rumo a uma carreira de sucesso que o tornaria uma das figuras mais conhecidas da comunicação no Brasil.
Em 1955, Léo fez sua estreia na televisão, sendo contratado pela TV Rio. Quinze anos depois, ele chegou à TV Globo, onde se tornaria um dos profissionais mais antigos da emissora. Foi lá que conquistou seu lugar de destaque, tornando-se um dos primeiros apresentadores do Globo Esporte e do Jornal Hoje, programas que marcaram a história da TV brasileira.
Famoso por sua paixão pelo Botafogo, Léo Batista foi homenageado pelo clube após sua morte. A nota oficial do time expressou: “Eterno em nossos corações! Com pesar e gratidão, hoje nos despedimos do grande Léo Batista, escolhido pela Estrela Solitária e um dos maiores nomes da comunicação brasileira. A voz marcante do jornalista atravessou gerações, nos acompanhou em momentos históricos e anunciou o ‘Tempo de Botafogo’”.
Sócio do Botafogo desde 1992, Léo Batista sempre exaltou o nome do clube. Sua relação com o time foi de amor e fidelidade. No Estádio Nilton Santos, uma cabine de TV foi batizada com seu nome, e ele foi ovacionado por milhares de torcedores em diversas homenagens. O clube se despediu com um toque de gratidão: “Uma relação de amor, reconhecimento e lealdade. Obrigado por tudo, Léo Batista. Um marco na história do jornalismo, do esporte e do Botafogo”.
Léo também teve um papel importante em coberturas históricas, como a trágica notícia do suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, que ele foi o primeiro a informar. Mais tarde, em 1994, foi ele quem anunciou a morte de Ayrton Senna, horas após o acidente fatal em Ímola, na Itália.
A trajetória de Léo Batista é marcada por sua competência, sua voz única e seu amor pelo jornalismo, pelo esporte e pelo Botafogo. Ele deixa um legado de superação, respeito e lembranças que atravessam gerações.
