Foram poucos meus contatos com Léo Batista.
Lembro da sua negativa, num primeiro momento de ser entrevistado para a Biografia da Televisão.
O livro que José Armando Vanucci e eu preparamos, de maneira alguma, seria completo sem o seu depoimento.
Disse, na ocasião, que nem tudo o que falava era publicado, por isso não queria falar mais.
Só que o seu coração doce acabou cedendo, com a condição que seriam, no máximo, dez minutos.
Feita a ligação no dia e hora combinados, nossa conversa passou de cinco horas. E foi duro desligar, porque ainda havia coisas para serem contadas.
Para um profissional com a vida e carreira tão intensas, difícil calcular o tempo necessário.
Léo foi uma pessoa maravilhosa, que na televisão fez de tudo e mais um pouco.
A Globo virou a sua segunda casa e de todos que trabalharam com ele eram verdadeiros irmãos.
Exigente, queria tudo direitinho, e não aceitava erros, muito menos ouvir reclamações.
Foi uma honra ter participado do seu documentário, exibido no SporTV.
É meio que chavão dizer que a vida na TV não será mais a mesma sem ele, mas não tem nada melhor para expressar essa verdade.
Vai em paz, Léo.
E obrigado por tudo.