Criminosos utilizaram voz e imagem do apresentador, gerada por IA, para atrair vítimas a comprarem vouchers falsos do Outback
A polícia do DF prendeu, nesta quinta (16/1), três suspeitos de integrarem uma quadrilha que aplicava golpes por meio de uma propaganda falsa do restaurante Outback criada por deepfake utilizando a imagem e voz de Marcos Mion.
Na publicidade nas redes sociais, o apresentador convidava internautas para irem ao restaurante com descontos inacreditáveis. O vídeo iria para um link onde se respondia algumas perguntas e se pagava por um cupom, que não existia.
Veja as fotos
A Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) revelou que uma organização criminosa lesou dezenas de pessoas no Distrito Federal ao vender vouchers de desconto inexistentes.
Os prejuízos ainda estão sendo calculados. Um dos suspeitos detidos admitiu participação no esquema, que foi alvo de dois mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão emitidos pela Justiça.
As investigações apontaram que o grupo utilizava uma empresa de tecnologia como fachada e empregava estratégias sofisticadas, como anúncios patrocinados e ferramentas de automação, para amplificar os golpes.
A reportagem do portal LeoDias entrou em contato com Marcos Mion, que por meio de sua equipe jurídica se manifestou. Confira
A assessoria jurídica de Marcos Mion, representada por seu advogado Pedro Fida, vem a público esclarecer informações falsas que têm circulado nas redes sociais envolvendo a imagem do apresentador e uma suposta campanha publicitária do restaurante Outback, que inclui um “voucher promocional de rodízio”.
Trata-se de um vídeo falso e manipulado, no qual o áudio foi alterado de forma intencional para uma promoção inexistente. Reiteramos que essa suposta “campanha” não possui qualquer relação com ações ou publicidades oficiais realizadas por Marcos Mion.
Orientamos o público a desconsiderar e não compartilhar esse tipo de material e reforçamos que medidas legais já estão sendo tomadas para identificar e responsabilizar os responsáveis pela criação e divulgação desse conteúdo.
Reafirmamos nosso compromisso com a transparência e a verdade. Qualquer iniciativa ou campanha vinculada ao nome de Marcos Mion será sempre anunciada por canais oficiais e confiáveis.
O apresentador ainda esclareceu com quais marcas ele realiza trabalhos publicitários, para não gerar dúvidas: Itaú, Mercado Livre, Chevrolet, TIM, Pepsi e Ray Ban.
Entramos em contato também com a assessoria de comunicação do Outback, que nos enviou uma nota oficial. Confira:
“O Outback Steakhouse alerta permanentemente os consumidores sobre golpes que se utilizam do nome da marca para divulgar promoções inexistentes nas redes sociais.
Sempre preocupado com a segurança e proteção dos consumidores, a marca está trabalhando para derrubar os perfis e sites falsos, além de reforçar esse alerta para os clientes.
A marca reitera que utiliza apenas os canais oficiais para comunicar benefícios e promoções, como o site oficial (www.outback.com.br) e os perfis nas redes sociais, que são @OutbackBrasil no Instagram, Facebook, X e Threads e @Outback_Brasil no TikTok. Os perfis são identificados com o selo de verificação azul.
É importante esclarecer que o Outback Steakhouse não solicita códigos, senhas ou transações via PIX. Os pagamentos via PIX acontecem apenas dentro dos restaurantes, nunca pela internet. Para verificar a autenticidade de qualquer comunicação, o Outback orienta que os clientes entrem em contato através do Fale Conosco no site oficial”
O que é deepfake?
A tecnologia utilizada por criminosos para simular Marcos Mion numa propaganda enganosa tem se tornado cada vez mais comum na internet. Deepfake é baseada em inteligência artificial que utiliza redes neurais para criar vídeos, áudios ou imagens extremamente realistas, mas falsificados.
Por meio do aprendizado de máquina, o sistema analisa e replica características de voz, aparência ou movimentos de uma pessoa, permitindo sua manipulação em cenários fictícios.
Embora tenha aplicações criativas, como no cinema, o deepfake também é usado de forma maliciosa, como na disseminação de desinformação, fraudes ou ataques à reputação.