Opositor de Maduro, González irá à posse de Trump nos EUA

Opositor de Maduro, González irá à posse de Trump nos EUA


Candidato da oposição venezuelana foi convidado pela equipe do republicano; evento será realizado em 20 de janeiro

O candidato da oposição na Venezuela, Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita), confirmou nesta 5ª feira (16.jan.2025) que participará da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, em Washington, D.C., em 20 de janeiro.

O opositor de Nicolás Maduro  (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda) foi convidado para ir ao evento pela equipe do republicano. Disse que aproveitará “todos os espaços para defender a vontade dos venezuelanos”. Ele embarcará para os EUA neste final de semana.

Os Estados Unidos são um dos países que não reconhecem a vitória de Maduro e consideram González o presidente eleito da Venezuela. O chavista tomou posse para o seu 3º mandato em 10 de janeiro, depois de eleições contestadas por órgãos internacionais.

LEGITIMIDADE QUESTIONADA 

Segundo o CNE (Conselho Nacional Eleitoral), o chavista teve 51,2% dos votos contra 44% do candidato da oposição Edmundo González. No entanto, os opositores afirmam que o adversário do presidente teria obtido ao menos 67% dos votos nas urnas. Atas de votação, que são documentos públicos, foram usadas para fazer o cálculo. 

Até agosto de 2024, ao menos 18 países e a União Europeia não reconheceram a reeleição de Maduro, dentre eles a Argentina e os Estados Unidos. O Brasil, junto com o México e com a Colômbia, pediu que o governo venezuelano divulgasse os boletins de urnas com os resultados e não escalasse a tensão com a oposição. No entanto, não foi muito efetivo.  

O governo tinha até 2 de setembro de 2024 para apresentar os detalhes do resultado eleitoral, conforme estabelecido pela Lei Orgânica dos Processos Eleitorais. O país não cumpriu o prazo, o que foi usado pela oposição para ratificar a tese de manipulação do pleito. 

Com o imbróglio, o opositor Edmundo González foi intimado a depor 3 vezes por divulgar atas de votação. No entanto, os documentos, equivalentes ao boletim de urna que existe em eleições brasileiras, são disponibilizados a todos os representantes de partidos nos locais da votação. González, então, foi para a Espanha em setembro de 2024 e ficou exilado no país. 

O opositor disse que voltará a Venezuela. O governo chavista colocou uma recompensa de US$ 100 mil por informações que levem a sua captura.





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