Anúncio do gabinete do líder israelense afirma que todas as pendências da negociação com o Hamas foram resolvidas
O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta 6ª feira (17.jan.2025) que o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns foi alcançado. O gabinete de segurança deve aprovar a trégua com o Hamas, um dia depois de adiar a análise do acordo. O conflito já dura 15 meses.
Na 5ª feira (16.jan.2025), no dia seguinte ao anúncio do cessar-fogo, aviões de guerra de Israel realizaram ataques na Faixa de Gaza. Autoridades palestinas afirmaram que ao menos 86 pessoas morreram. A informação foi divulgada pela agência Reuters.
“O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi informado pela equipe de negociação que foram alcançados acordos sobre para libertar os reféns”, disse o gabinete do líder israelense em comunicado. Anteriormente, o líder israelense havia dito que o Hamas havia realizado “concessões de última hora”, culpando o grupo pelo atraso da aprovação do cessar-fogo.
O Qatar e Estados Unidos, que atuaram como mediadores das negociações, anunciaram na 4ª feira (15.jan.2025) um acordo de trégua entre Israel e Hamas. O gabinete de Benjamin Netanyahu, porém, insistiu que ainda haviam pendências no acordo. O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse que o governo dos Estados Unidos acredita que o acordo está no caminho certo e que espera o cessar-fogo “já no final deste fim de semana”, segundo a CNN.
“O Estado de Israel está empenhado em alcançar todos os objectivos da guerra, incluindo o regresso de todos os nossos reféns, tanto os vivos como os mortos”, disse o comunicado do gabinete do primeiro-ministro divulgado pelo jornal Times of Israel. O gabinete de Netanyahu informou que as famílias dos reféns foram notificadas e que os preparativos para recebê-los estavam em andamento.
O acordo aponta um cessar-fogo inicial com duração de 6 semanas, com a retirada gradual das forças israelenses. Dezenas de reféns feitos pelo Hamas, incluindo mulheres, crianças, idosos e doentes, seriam libertados em troca de centenas de prisioneiros palestinos detidos em Israel.