Ministro da Fazenda defendeu que o governo Lula fez ajuste fiscal maior em 1 ano que os governos de 2015 a 2022
A jornalista Thais Herédia, da CNN Brasil, perguntou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por não citar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no histórico de deficit primário. Durante entrevista, o ministro criticava os 2 governos anteriores, mas o saldo negativo anual das contas públicas iniciou durante o governo Dilma.
Haddad foi questionado sobre a DBGG (Dívida Bruta do Governo Geral), que estava em 77,8% em novembro de 2024. As projeções dos agentes financeiros indicam que o patamar subirá para 82% em 2025 e para 94% até 2033.
“Qual é sua estratégia, como chefe da política econômica, para sinalizar com segurança a estabilidade e queda da dívida pública no Brasil?”, questionou a jornalista.
Haddad respondeu que o governo está “perseverando” na política de equilíbrio das contas públicas. Segundo Haddad, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez mais que os últimos 2 governos –Jair Bolsonaro (PL) e Michel Temer (MDB)– pelo ajuste fiscal.
“Pega o déficit público dos 7 anos precedentes. Faça a média. Exclua a pandemia [de covid-19], como nós excluímos o Rio Grande do Sul”, disse, ao ser interrompido pela jornalista: “Exclui a Dilma [Rousseff] também?”.
O ministro respondeu: “Pode ir para atrás também. Incluindo a Dilma. Pega a Dilma, Temer e Bolsonaro e veja o que está acontecendo de 2015 para cá e o que aconteceu no ano passado”, disse.
Haddad declarou que o governo Lula conteve o aumento das despesas públicas e está combatendo gastos tributários. Defendeu que, se as medidas da equipe econômica que acabava com “privilégios do setor econômico” tivessem sido aprovadas pelo Congresso em 2024, o governo teria registrado um superavit primário –saldo positivo nas contas públicas. “[Seria] O primeiro estrutural em mais de 10 anos”, defendeu.