Haddad diz estar “preocupado” com a trajetória da dívida brasileira

Haddad diz estar “preocupado” com a trajetória da dívida brasileira


Ministro da Fazenda afirmou ainda que o resultado fiscal em 2024 seria melhor se acabasse com “privilégios”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta 6ª feira (17.jan.2025) estar “preocupado” com a trajetória da dívida pública brasileira. O chefe da equipe econômica afirmou ainda que vai trabalhar o fiscal estruturalmente”.

“Eu também estou preocupado. Nós temos que ter preocupação com a trajetória da dívida. Isso é uma preocupação do Ministério da Fazenda”, declarou em entrevista à CNN Brasil.

Hoje, a dívida bruta do governo geral, que inclui governo federal, Estados, municípios e INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), está em 77,8% do PIB (Produto Interno Bruto). O ministro também reforçou que busca reduzir gastos para equilíbrio das contas públicas.

“Nós estamos contendo a despesa. O aumento da despesa está sendo contido, inclusive com medidas recém-aprovadas pelo Congresso, e nós estamos combatendo os gastos tributários”, declarou.

Haddad voltou a falar sobre o deficit primário em 2024, que ficará em 0,1% do PIB (Produto Interno Bruto), de acordo com ele. “O resultado fiscal seria melhor se tivéssemos acabado com alguns privilégios”, disse.

Ele mencionou o socorro federal ao Rio Grande do Sul por causa das enchentes e da calamidade pública.

“O deficit do ano passado que foi 0,1% estava previsto em 0,8% no começo do ano, antes do Rio Grande do Sul. E nós não íamos faltar ao Rio Grande do Sul. O Estado estava debaixo d’água […]. Está se recuperando graças à ação do governo federal”, disse.

Em tom crítico, Haddad também falou sobre as projeções do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira em 2023 e 2024.

“Tenho que fazer algumas considerações sobre projeções que são feitas e nem sempre se verificam. O crescimento projetado no começo do governo do presidente Lula [PT] era de 0,8% no 1º ano e de 1,2% no 2º. Nós crescemos 3,2% no 1º e provavelmente 3,5% no 2º. Nós crescemos quase 7% em 2 anos contra uma projeção de 2%. Então, vamos com um pouco de calma”, disse.





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