A próxima novela das sete da Globo é escrita por Rosane Svartman e será protagonizada por Clara Moneke e Juan Paiva
A sinopse da próxima novela das sete da Globo apresenta uma trama que promete trazer reflexões importantes sobre representatividade e inclusão no mercado publicitário. Escrita por Rosane Svartman, “Dona de Mim” parece caminhar na mesma direção de outras produções da emissora que buscam abordar questões sociais relevantes, como a falta de diversidade racial e de corpos nos espaços midiáticos e corporativos; assunto que vem sendo tratado em “Garota do Momento”.
Leona, interpretada por Clara Moneke, surge como uma protagonista forte, que não apenas enfrenta os desafios impostos a ela, mas também lidera uma mudança estrutural ao questionar o status quo. A parceria com Samuel, vivido por Juan Paiva, indica que a novela também abordará a importância da união e da consciência coletiva para transformar realidades.
Ele será contra a mesmice das campanhas publicitárias da fábrica de lingerie da família. Filho de Abel (Tony Ramos), o jovem criticará o fato de o marketing da empresa sempre selecionar mulheres magras e brancas (ou ainda as negras de pele mais clara) para estampar as fotos dos comerciais da marca.
“Será que a gente não devia oferecer algo novo? Nossos modelos são sempre pra mulheres jovens, magras”, dirá ele na história que tem previsão de estreia para abril no lugar de “Volta por Cima”.
O cenário da fábrica de lingerie é simbólico e estratégico: a indústria da moda e da publicidade são frequentemente alvos de críticas pela reprodução de padrões limitados de beleza. A discussão sobre como mulheres negras, especialmente de pele mais escura, são relegadas a posições secundárias ou invisibilizadas adiciona um aspecto profundo e necessário à trama.
Com um enredo provocativo, “Dona de Mim” tem o potencial de levantar diálogos sobre representatividade e diversidade, indo além do entretenimento para abrir espaço para discussões sobre mudanças culturais e estruturais.