Companhias aéreas tem desafios com novas regras de emissões

Companhias aéreas tem desafios com novas regras de emissões


Ferramenta para monitorar poluentes da aviação não foi entregue, e empresas têm até março para se adequar às regras

As companhias aéreas solicitaram à União Europeia (UE) a extensão do prazo para atender às novas regras sobre emissão de poluentes, implementadas em janeiro de 2025. O pedido ocorre devido à ausência do Sistema de Rastreamento de Emissões Aéreas da UE (NEATS), ferramenta prometida pelo bloco para gerenciar as normas. A informação foi divulgada pela Reuters em 16 de janeiro de 2025.

As diretrizes exigem que as empresas monitorem e reportem emissões de poluentes como fuligem, óxidos de nitrogênio e vapor d’água, considerados tão prejudiciais ao aquecimento global quanto o dióxido de carbono produzido pelas aeronaves.

Três associações do setor – Airlines for Europe (A4E), BDL e European Cargo Alliance – enviaram carta à Comissão Europeia em 24 de dezembro de 2024 solicitando a revisão dos prazos.

As empresas têm até março de 2026 para relatar suas emissões de 2025, sob risco de sanções. “A tarefa é complexa sem o NEATS, pois exige a coleta de milhares de pontos de dados por voo”, disse Monika Rybakowska, diretora de políticas da A4E.

Um representante da Comissão Europeia informou que o NEATS será lançado em 2025 e que a indústria será consultada sobre os modelos de dados nos próximos dois meses. “As companhias aéreas precisarão monitorar alguns dados para alimentar a ferramenta. Essas informações já estão disponíveis, seja porque já são monitoradas ou porque constam em bancos de dados existentes”, afirmou o porta-voz.

Carlos López de la Osa, gerente técnico de aviação do Transport & Environment (T&E), manifestou preocupação com a ausência do sistema, mas argumentou que isso não justifica o adiamento das regras. “Infelizmente, esta é a única legislação significativa sobre emissões não-CO2 da aviação no mundo”, disse ele.





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